Da Redação
MANAUS – Foi criado oficialmente, nesta quarta-feira, 30, o grupo de trabalho que ficará encarregado de discutir, planejar e pactuar ações de atendimento em saúde, voltadas para a população indígena residente em Manaus.
Participam do grupo Susam e Semsa (Secretarias estadual e municipal de Saúde), Funai e FEI (Fundações Nacional e Estadual do Índio) e Dsei-Manaus (Distrito Sanitário Especial Indígena de Manaus).
Os representantes desses órgãos assinaram, nesta quarta-feira, 30, a portaria interinstitucional que criou o grupo de trabalho. A portaria foi proposta pelo MPF (Ministério Público Federal), em resposta à demanda dos povos indígenas.
Presente ao evento, o secretário estadual de Saúde, Francisco Deodato, defendeu uma política única dedicada à saúde dos povos indígenas, com a participação dos governos federal, estadual e municípios. Deodato parabenizou o MPF por reunir órgãos destas três esferas com esse propósito, que é a de trabalhar as demandas conjuntamente.
“Todos os órgãos atuarão na mesma linha de ação. O Ministério da Saúde, o Governo do Estado, as prefeituras. Nesse momento, a gente começa com a Prefeitura de Manaus, mas a ideia é envolver, também, outros municípios onde a população indígena é grande, a exemplo das cidades do Alto Rio Negro”, destacou Deodato.
O secretário afirmou, no ato de assinatura da portaria, que a Susam dará total apoio às ações planejadas pelo grupo de trabalho. “O Governo do Amazonas entende que é preciso somar as ações que estão sendo hoje executadas de forma separada, por cada órgão, para que a população indígena seja melhor atendida no nosso Estado”, disse Deodato.
De acordo com o procurador da República, Fernando Soave, uma das questões que serão discutidas no grupo é o atendimento diferenciado para os pacientes indígenas, nas unidades de saúde. O atendimento deve levar em consideração os costumes e tradições destes povos.
“Não é privilégio, não é entrar na frente da fila. É, por exemplo, autorizar que um parente deles, que tenha conhecimento de medicina tradicional, possa acompanhar o paciente também, ou permitir que se coloque uma rede no hospital”, relacionou Fernando Soave.