Por Henderson Martins, da Redação
MANAUS – Inicialmente agendado para ser votado nesta quinta-feira, 21, o veto do governador Amazonino Mendes à antecipação do pagamento de reajuste salarial aos policiais e bombeiros militares do Amazonas foi antecipado adiado para a próxima quarta-feira, 27. A manobra foi da oposição, que protelou a votação para ganhar tempo e tentar derrubar o veto. Os oposicionistas somam 12 votos, um a menos que o necessário para manter a emenda aprovada pela ALE (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas) com a mudança no projeto original do governo.
Na sessão desta quinta-feira, Sinésio Campos e Ricardo Nicolau estavam ausentes. Sinésio (PT) deve aderir à oposição e Nicolau (PSD) pode votar com o governo. Consultados pelo ATUAL, os deputados Sinésio Campos (PT) e Ricardo Nicolau (PSD) não responderam sobre como vão votar.
Durante a votação, a base aliada do governo anunciou que o governo enviaria novo texto à ALE com reajuste dos servidores da segurança pública, mas sem as modificações feitas pelos deputados.
O novo projeto não foi apresentado. O deputado Vicente Lopes, da base aliada, disse que a Constituição proíbe a tramitação de dois projetos com o mesmo teor ne que o certo seria votar pela manutenção do veto do governador para que uma nova matéria pudesse ser enviada. A sugestão não foi aceita.
O presidente da ALE, David Almeida desafiou os governistas. Disse que votaria a favor do governo se a nova proposta chegasse à Casa ainda nessa quarta-feira, o que não ocorreu. Almeida disse que acredita que o veto do governador deverá ser derrubado na próxima semana. “Um governo que não cumpre com a Constituição, não cumpre as leis, tenho certeza que não cumprirá a palavra”, disse Almeida.
Vice-líder do governo na ALE, Vicente Lopes (SD) disse que ao anunciar o envio de um novo projeto, considerava o mesmo texto da proposta anterior. “Os colegas queriam que viesse uma outra mensagem com percentual diferente. Nesse sentido, não virá. O compromisso era trazer a mensagem, tão logo houvesse a conclusão da que está tramitando, com o percentual de 4%, que foi o acordado com as categorias”, disse Lopes.
O deputado disse foi acertado que o veto seria mantido e o governador se comprometia a mandar uma outra mensagem com o mesmo conteúdo, de reajuste de 10,85% a ser pago a partir do dia 1° de abril de 2018; 9,85% a partir de 1° de abril de 2019 e 4,0825% a ser pago a partir do dia 1° de abril de 2020.