MANAUS – O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) julgou nesta terça-feira dois recursos de réus na Ação Penal gerada a partir da Operação Estocolmo, que desarticulou uma organização criminosa que explorava sexualmente menores de idade em Manaus. Os recursos eram um embargo de declaração do empresário Waldery Areosa Ferreira e do filho dele Waldery Areosa Ferreira Júnior; e um agravo regimental do deputado Fausto Souza (PSD). Ambos foram negados pelo plenário.
No caso de Waldery e do filho, a assessoria do desembargador Rafael Romano informou que ele havia solicitado diligências no processo, que foram negadas pelo tribunal, e ele ingressou com embargos de declaração. A assessoria não informou o teor das diligência porque o processo tramita sob sigilo.
Fausto Souza havia pedido a transcrição de todas as escutas telefônicas da Operação Estocolmo, mas o pedido foi negado. Para tentar reverter a decisão, ele ingressou com o agravo regimento, mas o pedido foi negado novamente.
O desembargador Rafael Romano comparou o julgamento dos processos envolvendo crimes sexuais com o processo do mensalão, no Supremo Tribunal Federal, que condenou à prisão, no ano passado, a maior parte dos envolvidos em um esquema de corrupção comandado pelo PT. “É muita coisa e a gente vai julgando por parte”, disse Romano.
A partir da Operação Estocolmo o Ministério Público do Estado do Amazonas denunciou 21 pessoas, entre elas empresários e políticos do Amazonas.