Da Redação
MANAUS – Dezesseis homens foram presos pela ‘Operação Cronos’, da Polícia Civil do Amazonas, na manhã desta sexta-feira, 24, em Manaus. A operação é de combate a homicídios e feminicídios e ocorreu simultaneamente em 17 Estados brasileiros.
O delegado-geral de Polícia Civil, Mariolino Brito, disse que os supeitos presos eram investigados Há algum tempo. “A operação também envolve descumprimento de medidas protetivas da Lei Maria da Penha, que tem como foco a prevenção ao feminicídio”, disse.
A delegada Débora Mafra, da Delegacia da Mulher, disse que a operação combate a violência doméstica, estupro, ameaça e injúria e todos os crimes cometidos contra as mulheres. “Um dos presos durante a operação cometia o estupro da ex-namorada, com sequestro, desrespeitando as medidas protetivas judiciais. Inclusive, a família do próprio rapaz já chegou a libertar a mulher que estava em cárcere”, disse a delegada.
A delegada informou que o Estado do Amazonas tem apresentado relativamente um aumento no número de denúncias de crimes contra as mulheres. Débora Mafra disse que a delegacia tem apresentado peidos de 50 medidas protetivas diariamente.
Nos 17 Estados, fora 643 pessoas presas. Dessas, 61 são adolescentes. Quase 5 mil policiais civis estão envolvidos na operação. O presidente do Conselho Nacional dos Chefes de Polícias Civis, delegado Emerson Wendt, informou que mais de mil prisões devem ser feitas até o final do dia. “O que estamos fazendo hoje é um esforço concentrado no combate ao feminicídio”.
A Operação Cronos tem o apoio do Ministério da Segurança Pública e é coordenada pelo Conselho Nacional dos Chefes de Polícias Civis. A ação foi definida em julho, durante reunião com o ministro Raul Jungmann.
Segundo o ministro, essa megaoperação é o exemplo, na prática, do funcionamento do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) com a integração das polícias com o Ministério Público e o Poder Judiciário que, neste caso, tem o objetivo de combater a violência, especialmente, o feminicídio e garantir as medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha.
As investigações também contaram com o apoio da coleta de material genético que deve chegar a um banco de dados até o fim do próximo ano com 130 mil DNAs coletados. “Quando ocorrer um estupro, um feminicídio, é possível fazer a comparação do material genético encontrado na cena do crime com os DNAs”, disse Jungmann. “Dá velocidade, precisão, e permite a elucidação de crimes.”
O nome da operação, Cronos, é uma referência à supressão do tempo de vida da vítima, reduzido pelo autor do crime.
(Colaborou Patrick Motta/Com Agência Brasil)
Existe quem negue a existência de um tipo de crime especificamente cometido contra mulheres por seus companheiros, maridos ou namorados!