O senador Omar Aziz (PSD) afirmou que fará ao substituto de Teori Zavascki, na sabatina do Senado, a mesma pergunta que fez no processo de escolha do ministro Luiz Edson Fachin sobre a Zona Franca de Manaus, em maio de 2015. Na ocasião, o questionamento de Omar provocou risadas durante a reunião da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) ao pergunta de Fachin sobre o que ele sabia a respeito da Zona Franca de Manaus. O jurista acompanhou as risadas e respondeu “Senador, sobre a Zona Franca de Manaus, francamente …”. Na sequência, Omar emendou que sabia que ele seria um defensor do modelo no STF.
Deu certo
Fachin foi um dos ministros que já votou a favor do Amazonas no Recurso Extraordinário nº 592891 que trata sobre a isenção de IPI no Polo Industrial de Manaus (PIM), cujo julgamento foi suspenso no ano passado após pedido de vista de Teori Zavascki.
Mesma tecla
“Algumas pessoas levaram como gozação eu perguntar sobre a Zona Franca. O próximo ministro que for indicado, vou voltar com essa pergunta: o senhor conhece constitucionalmente os direitos que ela tem?”, afirmou o senador.
O que importa não é o saber disso ou daquilo sobre os problemas conjunturais brasileiros, senador. O que importa é conduta ilibada e, convenhamos, se o senhor não tiver uma conduta assim também, não vai saber julgar.
Alexandre de Moraes tem a mais desastrosa gestão da história do Ministério da Justiça. Fez de tudo um pouco: desviou dinheiro do Fundo Penitenciário para montar uma polícia própria, mentiu publicamente que havia oferecido ajuda à Roraima para conter caos penitenciário e, todo pomposo, anunciou um Plano Nacional de Segurança Pública que se resumia a um PPT amador de 50 slides. Um trabalho escolar faria melhor.
Alexandre de Moraes ambém esvaziou o Conselho Nacional de Políticas Penitenciárias, retrocedeu em décadas o processo de demarcação de terras indígenas e, ainda, foi ao Paraguai cortar pés de maconha de forma patética, mas cujo gesto simboliza o atraso na política de drogas.
Além disso, Moraes fez palanque em cima da Lava Jato, interferindo na operação e antecipando movimentos em eventos de campanha – inclusive por isso o Estadão chegou a pedir sua renúncia. O ministro é filiado ao PSDB, que se vê em apuros para evitar desgastar mais a imagem na Operação Lava Jato, sendo completamente descabida a presença de alguém partidário nesse momento, em especial quem já foi capa das maiores revistas do país como o homem errado.
Foi nomeado para o cargo após ter uma gestão péssima na Secretária de Segurança Pública, onde maquiou dados sobre homicídios para vender uma realidade inexistente, esteve à frente de um período extremamente violento da polícia militar e criminalizou movimentos sociais e adolescentes secundaristas.
A indicação de Moraes é mais um passo na degradação do Judiciário.
http://nossapolitica.net/2017/02/indicacao-alexandre-moraes-desastre/