O ex-governador Omar Aziz (PSD), que lidera as pesquisas de intenção de voto para o Senado, visivelmente, faz uma campanha mais cara que os adversários. Os números confirmam o que o candidato mostra nas ruas e na TV. De acordo com a segunda parcial da prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral, Omar arrecadou R$ 1,5 milhão e gastou um pouquinho mais de R$ 1 milhão. O segundo colocado nas pesquisas, o deputado federal Francisco Praciano (PT), que concorre ao Senado em uma aliança com o PMDB de Eduardo Braga declarou receita de 185.680,00 e despesas de R$ 333.984,71. O valor arrecadado é quase dez vezes menor do que o de Omar, mas boa parte da campanha de Praciano está sendo bancada pelo comitê financeiro da coligação “Renovação e experiência”.
No vermelho
Quem também terminou agosto no vermelho foi o candidato do PSB, Marcelo Serafim, que concorre ao Senado. Ele informou à Justiça Eleitoral que arrecadou R$ 73.929,95 e gastou R$ 121.868,38. A maior parte dos recursos arrecadados (R$ 50 mil) veio da direção nacional do PSB, mas o doador originário é a Moto Honda da Amazônia Ltda., instalada em Manaus.
Medo de avião?
As empresas de táxi aéreo em Manaus não estavam dando conta de atender a demanda dos candidatos ao interior do Amazonas, mas até a segunda parcial, as despesas com transporte aéreo não refletem essa realidade. O senador Alfredo Nascimento, por exemplo, gastou R$ 55 mil, pagos à empresa Cleiton Táxi Aéreo Ltda. Ele é candidato a deputado federal.
Mais transporte aéreo
O deputado federal Átila Lins (PSD), que concorre à reeleição, gastou apenas R$ 17,6 mil com transporte aéreo, de acordo com as informações do TSE. Os valores foram pagos a duas empresas. Já o deputado Carlos Souza gastou, até aqui, R$ 100 mil, com a contratação da Cleiton Táxi Aéreo.
Custo zero
O ex-secretário da Sepror Eron Bezerra (PCdoB) não apresentou gastos com transporte de nenhum tipo, apesar de fazer intensa campanha nos municípios do interior do Amazonas. Outros candidatos a federal que apresentaram custo zero com transporte foram Sabino Castelo Branco (PTB), Pauderney Avelino (DEM), Silas Câmara (PSD) e Marcos Rotta (PMDB).
Inconstitucionalidade
A intenção é muito boa, mas a Câmara Municipal de Manaus aprovou nesta segunda-feira um projeto de lei inconstitucional, por obrigar o Município de Manaus a destinar 5% das vias para a construção de ciclo-faixas e ciclovias e integrando o modal com o transporte coletivo. O PL de autoria do vereador Reizo Castelo Branco (PTB) também obriga a construção de bicicletários (estacionamentos) nos terminais de transporte coletivo; nos prédios públicos municipais, estaduais e federais, nas praças e parques públicos. A inconstitucionalidade está no fato de a matéria de autoria de um vereador gerar despesas ao Executivo. O prefeito pode vetar.