SÃO PAULO – Foi-se o tempo em que o fanatismo no Brasil se resumia a futebol. Lembro bem de como meu avô (flamenguista) odiava o vizinho dele, e o motivo? Ele era vascaíno. Parecia absurdo para mim que era criança, eu ficava pensando em como era difícil para meu avô aceitar a escolha do tal vizinho. Eu envelheci e quando pensei que finalmente esses detalhes seriam mais fáceis de serem compreendidos, percebi que estou inserida em nada mais, nada menos que a geração mais fanática dos últimos 50 anos. Levaram a lógica do futebol para a política e a religião com muita força e eficiência. Hoje para você ter um inimigo, basta ter um posicionamento diferente de alguém que acredita estar com a verdade absoluta sobre qualquer assunto. Não sei se posso culpar a tecnologia que deu voz a pessoas que acreditam estar protegidas no fantasioso anonimato da internet para vomitar a pior pessoa que elas conseguem ser contra outras pessoas. Intolerância religiosa e política são os dois assuntos que deveriam estar em pauta mas não em um país onde desrespeito é cultural, falta de bom senso e diálogo é mais comum que feijoada. O Brasil se tornou um país mais intolerante e os próximos anos não estão vindo com promessas positivas.
Verdade!
Concordo com o seu texto. Tem se tornado cada vez mais difícil para mim morar em um país com pessoas tao intolerantes, fanáticas e fechadas para o conhecimento como as do Brasil. Isso me faz querer me apressar todos os dias para sair daqui e ir em busca de um ambiente melhor, mais propício às diferenças embora a intolerância exista no mundo todo, mais em uns lugares do que em outros, claro. A vida é muito curta para conviver com um povo tao mente fechada.
Saudaçoes