NOVA IORQUE – Enquanto o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu negativas de nomes como Elton John e Céline Dion para cantar em sua posse, Barack Obama está ostentando uma lista repleta de estrelas para a sua festa de despedida da Casa Branca.
Dentre os convidados estão os músicos Paul McCartney e Bruce Springsteen, os diretores J. J. Abrams e George Lucas, os atores Samuel L. Jackson e Bradley Cooper e os apresentadores Oprah Winfrey e David Letterman. Segundo os jornais Washington Post e Newsweek, também está previsto um show com Beyoncé e Jay Z.
O evento do presidente eleito dos Estados Unidos está agendado para o dia 20 de janeiro, sexta-feira. Ainda não há informações oficiais sobre o promovido por Obama.
Saúde
Enquanto prepara a despedida, Obama luta para manter a principal vitrine interna de seu governo: o Obama Care, sistema de saúde gratuito. O presidente condenou duramente o plano de congressistas do Partido Republicano para derrubar o Medicaid, programa de assistência médica que foi uma das principais vitrines de seu mandato, afirmando esta ser uma estratégia imprudente que coloca em risco o acesso de dezenas de milhões de norte-americanos à serviços de saúde.
O presidente, que transmite o cargo no próximo dia 20 a Donald Trump, afirmou que a medida prejudica o sistema de saúde norte-americano. A Casa Branca antecipou o texto, que será publicado no New England Journal of Medicine, no site Vox. “A abordagem de derrubar primeiro e trocar depois é simplesmente irresponsável – e pode fazer sangrar lentamente o sistema de saúde do país, de que muitos dependem”, escreveu o democrata.
À medida em que seu fim se encaminha, o governo de Obama vê congressistas republicanos se movendo para desmantelar principais partes da lei de saúde aprovada em 2010 e que expande a cobertura do sistema para cerca de 20 milhões de habitantes. Esta semana, ele se encontrou com democratas para traçar uma estratégia para salvar o programa.
Na prestigiosa publicação médica, Obama afirmou que a derrubada do Afordable Care Act (ACA), sem colocar algo no lugar de imediato, pode levar seguradoras a não participar do programa. “Hospitais podem cortar serviços e empregos no curto prazo antecipando a alta de tratamentos não pagos que irá resultar da contração do Medicaid”, afirmou.
O atual presidente pediu que os republicanos expliquem o que pretendem colocar no lugar do ACA antes de derrubá-lo.
(Estadão Conteúdo)