Do Estadão Conteúdo
MOSCOU – A Seleção Brasileira se classificou para as oitavas de final em primeiro lugar no Grupo E da Copa do Mundo Rússia 2018, com 7 pontos somados. Os jogadores avaliaram que o time melhorou nos últimos dois jogos da fase inicial. As estatísticas divulgadas pela Fifa endossam a afirmativa.
No primeiro confronto, no empate em 1 a 1 contra a Suíça, o Brasil finalizou 20 vezes, sendo 4 na direção da meta adversária, com um gol marcado por Philippe Coutinho. Na segunda partida, na vitória contra a Costa Rica por 2 a 0, a Seleção mostrou domínio total das ações e obrigou o goleiro Keylor Navas – grande estrela da Costa Rica – a fazer grandes defesas, e o seu time a abusar das estratégias para esfriar o jogo. A Amarelinha teve 66% de posse de bola, sendo 28% dela no terço de ataque. O time finalizou 23 vezes sendo nove no gol. Destas, duas foram bolas na rede. Gols de Philippe Coutinho e Neymar.
O camisa 10, inclusive, é um retrato desta evolução brasileira. Em processo de recuperação do ritmo de jogo após a cirurgia no pé direito, Neymar foi um dos principais jogadores na última partida da fase de grupos, contra a Sérvia. O atacante deu uma assistência, finalizou sete vezes e acertou 85% dos passes. Foi efetivo e envolvente, e obteve êxito em 15 dos 19 dribles executados, de acordo com dados do Wyscout.
Diante dos sérvios, o time de Tite teve menos posse de bola do que o adversário, mas teve o controle das ações tanto na defesa quanto no ataque. Finalizou 13 vezes, seis na meta e marcou dois gols (Paulinho e Thiago Silva). Abusou de utilizar do ponto forte do adversário: a bola aérea. Fez um gol dessa forma, após escanteio. Foram nove tiros de canto a favor do Brasil. Cinco para o adversário, que só conseguiu uma finalização ao gol de Alisson.
Em números totais, a Seleção Brasileira finalizou ao gol 56 vezes na primeira fase, sendo 19 delas no alvo. A posse de bola média da equipe foi de 58,6%. O percentual indica um domínio mais produtivo das iniciativas de jogadas. Foram cinco gols marcados em 19 oportunidades reais. O Brasil teve 26 escanteios a seu favor. A Seleção ficou em média 24% de sua posse de bola no terço de ataque do campo.
– Importante a gente ter solidez. A gente sabe da nossa qualidade na frente e de toda a equipe. A gente fica concentrado para não tomar gols, porque lá na frente, a gente sabe que vai resolver. Saber sofrer fortalece a equipe. A gente não vai ter 100% de domínio no jogo. Quando fizemos o segundo gol (contra a Sérvia) ficou mais tranquilo para segurar o resultado, que era o mais importante para a gente – avaliou o goleiro Alisson após o último jogo.
Agora, o Brasil se volta para o México, com o objetivo de dar sequência ao crescimento da equipe na Copa do Mundo. “A gente sabe que a equipe deles tem qualidade. Não tem jogo fácil, vai ser mais um jogo difícil. Vamos trabalhar forte pra entrar bem contra eles O importante e ter a cabeça tranquila e continuar evoluindo”, comentou Willian. “Quem quer vencer não escolhe adversário. Se eles venceram a Alemanha é porque têm virtudes. A partir de agora, a gente vai trabalhar sobre o México. Mas focado no nosso trabalho, no que a gente tem que desenvolver, no nosso desempenho”, pontuou Alisson.