MANAUS – Praticamente no fim do “verão amazônico”, o período mais quente e seco do ano na região, e depois de registros de aumento das queimadas em vegetação, o Governo do Amazonas resolveu agir, e vai decretar situação de emergência em Manaus e mais 11 municípios. O decreto será assinado pelo governador José Melo (Pros), nesta terça-feira, às 9h, no auditório da sede do Governo do Amazonas, no bairro Compensa, e contará com a presença do prefeito de Manaus, Artur Virgílio Neto (PSDB), e dos demais 11 municípios afetados pela medida. Na ocasião, também será apresentado o Plano Estratégico e as Ações Emergenciais de Prevenção e Controle às Queimadas e Incêndios Florestais.
O decreto de situação de emergência tem como base o parecer técnico elaborado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas e a Defesa Civil do Estado, considerando, entre outros fatores, “os eventos climatológicos de larga escala que teve como efeito negativo a redução significativa da precipitação pluviométrica na região Amazônica”.
Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que os meses mais críticos foram agosto e setembro, quando foram registrados 4.548 e 5.882 focos ativos de incêndio pelos satélites no Amazonas. Neste mês de outubro, até a manhã desta terça-feira, havia registro de 1.063 focos no Estado. Historicamente, o mês de outubro registra “desaquecimento” do número de queimadas, de acordo com os registros do Inpe.
O governo do Estado informa que as Ações Emergenciais de Prevenção e Controle a Queimadas e Incêndios Florestais vêm sendo realizadas pelo Grupo Estratégico instalado no Estado. Entre as estratégias de prevenção estão a Criação do Centro Integrado de Monitoramento Ambiental, formado pela Sema, Batalhão Ambiental, Bombeiros, Defesa Civil e as prefeituras municipais, bem como a implantação da Sala de Situação de Controle e Monitoramento Ambiental, ambos funcionando na sede da Sema.