Para fugir do assédio de aliados políticos e empresários, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, (senador licenciado do Amazonas) tem trocado a sede de suas folgas de Manaus para a capital catarinense, informaram à coluna ‘amigos’ do ministro. Em Florianópolis, Braga e a mulher dele, Sandra Braga, substituta do marido no Senado, escolheram uma casa situada em uma das áreas mais disputadas e caras de Santa Catarina: a Praia Jurerê Internacional, localizada no bairro de mesmo nome, ao norte da capital. O local, um dos pontos turísticos mais belos de Santa Catarina, é conhecido também por abrigar mansões de celebridades da arte e do futebol. Aos aliados, Braga justificou sua escolha dizendo que a cidade era mais perto da capital federal já que a distância de Florianópolis a Brasília é de 1.674,1 quilômetros, metade da distância entre Manaus e Brasília (3.485,8 quilômetros).
Não convenceu
A explicação do ministro não convenceu os aliados, que encaram a decisão como uma forma de fugir do assédio político e dos pedidos de favores. No Sul do Brasil, o ministro não precisará anteder as longas filas que se formam no escritório dele, no condomínio Jardim Europa, no bairro Ponta Negra, onde a espera chega a durar quatro horas.
Surdos e calados
Os aliados mais preocupados com o futuro político avaliam que a distância de Braga do Amazonas pode afundar ainda mais o grupo político dele no Estado. Uma prova de que ele não tem mantido coeso seu grupo no Estado é a falta de movimentação de seus ‘aliados’ nas Casas Legislativas. Na ALE, o deputado Belarmino Lins (PMDB) assumiu de vez seu lado governista, enquanto os colegas de partido Vicente Lopes e Wanderley Dallas quase não abrem a boca para falar sobre a gestão do governador José Melo (PROS). Na CMM, o vereador Marcel Alexandre (PMDB) mantém-se longe de polêmicas com os opositores de Braga.
‘Abobrinhas’
Empresários que participaram do encontro de José Melo (PROS) com representantes do setor produtivo, na Fieam, na última quinta-feira, 5, confidenciaram à coluna que era grande o cochicho na plateia sobre o teor do discurso do governador. Melo não conseguiu mostrar domínio sobre temas relacionados ao setor produtivo e verbas de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). A falta de tato com o assunto deixou os empresários ainda mais temerosos com o futuro do Polo Industrial de Manaus, que já vem acumulando grandes perdas nos últimos anos.
Sem novidades
A mensagem governamental do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), não trará novidades: sem grandes projetos para os próximos dois anos, Arthur apenas tentará fazer um balanço sobre o trabalho da prefeitura na Copa de 2014 e prometerá mudanças na mobilidade urbana nos próximos 18 meses, mas, como em todos os seus projetos de futuro, não dará detalhes, porque a proposta ainda não está concluída.
Melhor do Ano?
Tentando se segurar no cargo, o secretário municipal de Esportes, Elvys Damacenos, ofereceu uma homenagem da Federação de Jiu-Jítsu do Amazonas ao prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) neste sábado, 7, com a medalha “Melhor do Ano”, que premia os maiores talentos da luta no Estado. Elvys era presidente da federação e só saiu do cargo após o Ministério Público do Estado (MPE) descobrir que ele, como secretário, fazia convênio com a entidade. O MPE recomendou que ele optasse por comandar a federação ou a secretaria e ele ficou com a Semjel. Elvys é uma indicação do Mestre Osvaldo Alves, um dos amigos mais antigos do prefeito.
Turma na rua
A juventude do PSDB liderou um protesto no último sábado em Manaus contra o preço da gasolina. Próximo de postos de combustíveis, os manifestantes distribuíam adesivos para carros com a inscrição “R$ 3,60 é roubo” e vestiam camisetas com o bordão “Fora Dilma”.
Volta elegante
O presidente da CMM, Wilker Barreto, recuou da decisão de proibir um picolezeiro, de 70 anos, de vender seu produto na parte interna da Casa Legislativa. Na semana passada, o Seu Antônio, como é conhecido, foi autorizado a vender picolé na entrada da CMM, mas para isso ele precisou dar uma repaginada no visual. Comprou roupas novas e teve que fazer a barba e cortar o cabelo. “Foi uma exigência do chefe”, disse o velhinho, referindo-se a Barreto.