MANAUS – Em entrevista nesta sexta-feira à Rádio Tiradentes, em Manaus, o senador Eduardo Braga (PMDB), derrotado nas urnas no segundo turno das eleições deste ano para o governador José Melo (Pros), criticou o adversário, disse que a campanha de adversária o caluniou, e disse que não sabe o que seria de Melo se em 2003 ele não o tivesse chamado para ser o secretário de Governo. “Eu não sei o que seria do Zé Melo. Ele estava na Assembleia Legislativa, com risco de perder o mandato, e eu o chamei para ser secretário de governo”, disse Braga.
O senador também mostrou-se ressentido com o ex-governador e senador eleito Omar Aziz e disse que nas eleições de 2010, decidiu apoiar a reeleição de Omar contra a vontade de pessoas como o presidente Lula. “Se eu tivesse apoiado o Alfredo Nascimento, não sei se o Omar tivesse sido eleito e se o Zé Melo teria sido governador”, disse.
Questionado se estaria magoado com Omar e Melo, o senador respondeu: “A gente só tem mágoa de quem a gente gosta”. Ele também lembrou que durante a campanha eleitoral Omar Aziz usou um termo desrespeitoso ao afirmar, em um comício no interior do Estado, “Chupa Dudu”.
Braga criticou o uso da máquina pública pública na campanha eleitoral, “como nunca se viu”, e disse confiar na celeridade da Justiça Eleitoral para julgar as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Eleitoral. “Agora existem regras para que o julgamento seja feito no tempo certo. Tem o CNJ e você é craque nisso, porque já recorreu ao CNJ algumas vezes”, disse ao apresentador Ronaldo Tiradentes.
Braga também disse que não tem convite para ocupar cargo de ministro no novo governo da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, na conversa que teve com a presidente depois das eleições, ela disse apenas que iria conversar nos próximos dias sobre a composição do governo. No caso de ele ser nomeado ministro, Braga afirmou que a mulher dele, Sandra Braga, é quem vai assumir a vaga no Senado, e não o segundo suplente, o empresário Lírio Parisotto.