Digna de Oscar, a melhor e mais dramática atuação de Brad Pitt não foi registrada por nenhuma câmera de televisão ou cinema nem gerou aplausos em um palco de teatro. Se não fosse essa performance, porém, o ator provavelmente nunca teria a possibilidade de ter estrelado filmes como ‘Clube da Luta’, ‘Seven – os sete crimes capitais’ ou ‘Encontro Marcado’.
Em 1988, Brad ainda era um ator desconhecido, correndo atrás de testes de elenco, sonhando com um papel em que pudesse mostrar seu talento e o tirasse do anonimato. Isso só ocorreria três anos depois, com o filme ‘Thelma & Louise’.
Talvez a atração pela fama e a falta de juízo o fez se envolver com uma mulher muito famosa e muito atraente, a atriz Robin Givens. No caso, ela era famosa por ser casada com um homem mundialmente conhecido por ser um espancador violento. O tema já havia sido capa de revistas de fofoca, por isso ele não duvidou quando ela falou no processo de divórcio, muito menos titubeou quando Robin Givens o convidou para ir à casa dela.
Lá, no quarto, na cama com a bela morena, Brad Pitt passou por uma experiência nada invejável. Imagine o susto! A porta do quarto é arrombada e quem entra é o (ainda) marido. Ninguém mais, ninguém menos que: Mike Tyson!
Sim, um dos maiores pugilistas de todos os tempos, donos dos mais potentes e devastadores golpes que o boxe já presenciou (120 quilos de impacto; contra 90 quilos de Muhammad Ali e 85 quilos do brasileiro Maguila) entra e olha furioso para o ator.
Brad logo tenta aquele velho papo furado do “não é isso que você está pensando”. Ele grita: “Só estávamos repassando um script, ensaiando umas falas. Mais nada”.
A ausência completa de qualquer figurino no casal não ajudou a reforçar o argumento. É quando Brad Pitt suplica: “Por favor, não me bata! Por favor, não me bata!”. O desempenho dramático do ator foi tão eficiente que a fera (50 vitórias e 44 nocautes) se acalma e o deixa sair de lá vivo para contar a história e ainda com as orelhas intactas.
Aliás, quem contou essa história não foi o ator, foi o próprio boxeador em um show (dirigido por Spike Lee) baseado na autobiografia dele: Undisputed Truth (Verdade Incontestável). “Eu estava me divorciando da Robin Givens, mas todos os dias antes de ir para o escritório dos advogados para dizer que ela estava roubando meu dinheiro, eu ia para casa dela fazer sexo com ela. Neste dia, em particular, acho que Brad chegou lá mais cedo. Você deveria ter visto o rosto dele quando me viu. Eu fiquei louco como o inferno. Ele parecia alguém preparado para receber a extrema unção”, contou.
Nada comparado ao susto de Brad com Tyson, tiveram alguns brasileiros quando viram Taison na lista dos convocados por Tite para a Copa de 2018. Para muitos, o atacante cujo nome é uma homenagem da mãe ao boxeador é o exemplo de uma certa falta de juízo do treinador da Seleção Brasileira.
Na Copa de 2010, a convocação mais contestada foi do atacante Grafiti. No jogo em que o Brasil foi eliminado, para a Holanda, o técnico Dunga mesmo com o time perdendo, preferiu não fazer duas substituições a colocar Grafiti no jogo. No mundial de 2014, Felipão preferiu deixar a zaga torta com Dante e David Luis a escalar o zagueiro Henrique contra a Alemanha, o convocado mais criticado.
E agora na Copa de 2018? O que vai acontecer? É muito improvável que Taison se torne o astro da Seleção, o Brad Pitt do time. Se ele, entretanto, ajudar nem que seja com um gol o Brasil a ser hexacampeão, muitos brasileiros não terão problema de considerá-lo como um galã, muito menos suplicar perdão para Tite.
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