Da Redação
MANAUS – Um mutirão de consulta oftalmológica para alunos do Promeapi (Programa Municipal de Escolarização do Adulto e da Pessoa Idosa) pretende identificar casos de catarata com necessidades de cirurgias. Atendimento começou nesta quinta-feira, 13, e vai até o dia 20.
O mutirão é uma parceria entre a Semed (Secretaria Municipal de Educação) e o Centro Oftalmológico Oftalcenter, que fará o serviço gratuitamente. No primeiro momento da consulta, os idosos passarão por uma triagem em um aparelho que identificará a necessidade ou não da cirurgia de catarata. Em seguida, o paciente será atendido pelo oftalmologista, que solicitará os exames pré-operatórios.
No primeiro dia do mutirão, foram atendidos 30 idosos do Centro Social Educacional Lago do Aleixo (CSELA), onde funciona uma turma do Promeapi, na zona leste de Manaus. “Nós fizemos algumas mudanças na sala de aula para atender as necessidades dos alunos. Colocamos mais luzes, mas nada disso estava adiantando. Com a possibilidade da cirurgia, muitos alunos vão poder estudar normalmente e melhorar também a qualidade de vida”, disse a professora Rita Auxiliadora dos Santos.
Para participar do mutirão, foi feito um levantamento com as próprias professoras que identificaram os alunos com dificuldades de enxergar. Alguns idosos já estavam tentando marcar uma consulta, mas tiveram dificuldades de conciliar a consulta com o tempo disponível, como a aposentada Neoniza da Silva Guimarães, 71. “Eu só consegui marcar uma consulta para o mês de outubro e com o mutirão eu vou poder fazer logo a cirurgia e realizar as atividades que eu estava impossibilitada”, disse.
“A catarata é uma doença do envelhecimento que surge a partir de uma degeneração natural do olho e, após identificada a existência dela (catarata), é realizada a cirurgia de forma rápida, onde o paciente não precisa ser internado, podendo voltar para a sua rotina rapidamente”, explicou o oftalmologista Tufi Salim.
De acordo com a coordenadora do Promeapi, Clélia Maia, o programa atende mais de 600 alunos, com idade entre 35 a 93 anos, e é realizado em 36 instituições comunitárias, das quais 17 sinalizaram necessidade de atendimento durante o mutirão. “Muitos não tem condições de chegar até a clínica e com isso vai facilitar para que eles tenham uma aprendizagem melhor”, disse.