Da Redação
MANAUS – O MPF-AM (Ministério Público Federal) investigará os incêndios em órgãos públicos no município de Humaitá (a 697 quilômetros de Manaus) para identificar os autores e responsabilizá-los criminalmente. A sede do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), carros e balsas foram incendiados na tarde dessa sexta-feira, 27, por supostos garimpeiros que tiveram materiais apreendidos na Operação Ouro Fino.
O procurador da República Aldo de Campos Costa acompanha a situação no município e disse que a operação de combate a garimpos ilegais tem respaldo da Justiça. A ação conta com apoio da Marinha e Exército. Conforme Aldo Costa, os autores serão responsabilizados por danos materiais e por crime contra o patrimônio público.
Em Manaus, o secretário de Segurança Pública, Bosco Saraiva, determinou ao comando da Polícia Militar do Amazonas que acompanhe a situação. A revolta dos supostos garimpeiros foi controlada no início da noite dessa sexta. O efetivo local da Polícia Militar foi reforçado por soldados da Força Nacional de Segurança e o patrulhamento na cidade foi intensificado. Não houve registro de pessoas feridas, apenas danos materiais.
Poluição
Os garimpos ilegais na região de Humaitá, segundo o Ibama, vem causando poluição grave no Rio Madeira. Já foi identificada, inclusive, a presença de cianeto, composto químico altamente tóxico. A substância é usada no processo de separação do ouro. Metal grosso é separado por gravidade, com uso de centrífugas, enquanto o ouro fino necessita de mercúrio. O ouro mais fino é processo com cianeto.