MANAUS – O MPF (Ministério Público Federal no Amazonas) denunciou três pessoas que traficavam drogas para diversos continentes utilizando empresas de transporte. Os denunciados, presos pela Polícia Federal em fevereiro deste ano, quando foi deflagrada a Operação Courrier, escondiam as substâncias em cilindros de metal bastante espessos para ocultar e dificultar a identificação do produto pela fiscalização.
Um dos denunciados era o responsável pelas remessas ao exterior e líder da organização, já tendo sido preso pela Polícia Civil do Amazonas por tráfico de drogas. Outro era torneiro mecânico e tinha a função de acondicionar e ocultar a droga nas peças metálicas. O terceiro denunciado tinha grande experiência em logística, por trabalhar há muitos anos no setor, com o conhecimento indispensável para viabilizar as remessas de drogas ao exterior.
As investigações começaram em 2014 e identificaram, pelo menos, sete remessas de cocaína destinadas a Holanda, Espanha, Portugal e Reino Unido, que foram interceptadas pela polícia brasileira e por autoridades europeias. A forma de ocultação da droga – dentro de cilindros selados e peças metálicas – dificultava a identificação da substância, inclusive por meio de raio-X.
O MPF pediu à Justiça Federal a condenação dos três réus por tráfico internacional de drogas e por associação para o tráfico. As penas dos crimes somadas podem variar de 9 a 30 anos de prisão.
Operação Courrier
Em 16 de fevereiro deste ano, a Operação Courrier foi deflagrada pela Polícia Federal, que cumpriu três mandados de prisão, cinco mandados de condução coercitiva e seis mandados de busca e apreensão. Entre os bens apreendidos nas residências dos réus estavam caminhonetes de luxo, celulares e joias.