Da Redação
O MPF (Ministério Público Federal) abriu um inquérito civil para investigar a situação dos presos federais e indígenas custodiados no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim) após a rebelião desta semana em Manaus. Estes presos são réus em processos que envolve a atuação do MPF.
A Procuradoria deu 10 dias para que a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) e a SSP (Secretaria de Estado de Segurança Pública) forneçam informações a respeito de quantos e quais as condição dos presos condenados pela Justiça Federal e indígenas no Compaj.
Dados disponibilizados no site da Seap, atualizados pela última vez, em novembro do ano passado, indicam que o sistema prisional do Amazonas não contava com nenhum preso indígena. No site, não há informações sobre os presos com condenação da Justiça Federal.
O MPF quer detalhes sobre a condição física e moral dos presos federais e indígenas após a rebelião. O MPF requisita nos ofícios ainda que, caso se confirme a morte de presos federais ou indígenas na rebelião, cópias dos laudos periciais e cadavéricos e de corpo de delito de cada uma das vítimas.
O órgão também requisitou informações sobre a eventual vinculação de cada uma das vítimas a facções criminosas que operam no Estado do Amazonas e para o caso de presos nestas condições que não foram mortos quer que a Seap informe quais medidas estão sendo tomadas para garantir a integridade física e moral dos custodiados no sistema prisional do Amazonas.
Como é que um secretário de segurança pública deixa bandidos de facções rivais no mesmo presídio?