O promotor de Justiça Edílson Queiroz Martins, da 77ª Promotoria do Patrimônio Público do Ministério Público Estadual, disse uma frase ao AMAZONAS ATUAL, nesta quinta-feira, 22, que merece reflexão: “Se fôssemos investigar todos os contratos, precisaríamos ter um exército, sabemos que em praticamente todos os contratos de obras e prestação de serviços tem problemas”. A frase foi dita durante uma entrevista por telefone sobre a demora para a conclusão de inquérito aberto em 2012 para investigar um contrato do governo do Estado com a Delta Construções S.A., empresa envolvida em uma série de escândalos e que recebeu do Estado do Amazonas nos últimos três anos mais de R$ 100 milhões com aluguel de carros para o Programa Ronda no Bairro. O que o promotor disse não deixa de ser um sentimento de qualquer pessoa que conhece os meandros do poder. No entanto, o tema deveria entrar na agenda do Ministério Público Estadual, hoje uma instituição que precisa ser recriada, porque tem se mostrado alheio às suspeitas de corrupção nos poderes constituídos.
Falta de estrutura
A falta de estrutura do Ministério Público para investigar suspeitas de irregularidades parece ser proposital e tem origem na dependência da instituição e na forma de escolha de seu dirigente. O que deveria ser um órgão de controle externo dos poderes Legislativo e Executivo acaba se tornando um aliado dessas duas instituições. Como o governador é quem escolhe o procurador geral de Justiça, o escolhido tem muito pouca disposição de contrariar os interesses de “sua excelência”.
Punição aos arruaceiros
O secretário da SSP, Sérgio Fontes, prometeu identificar os arruaceiros do jogo Vasco x Flamengo, na Arena Amazônia. A confusão entre torcedores, na última quarta-feira, ganhou repercussão nacional e, agora, a sociedade cobra providências sobre o caso. Nos últimos meses, as polícias de outros Estados brasileiros deram exemplo na punição de crimes ocorridos nos estádios de futebol. Foi o que aconteceu em Pernambuco, no Estádio Arruda, quando um homem foi identificado e preso por ter atirado um vaso sanitário em um torcedor. E depois, em agosto, no Rio Grande do Sul, quando a polícia chegou aos torcedores que praticavam racismo contra o goleiro Aranha, do Santos.
Começou mal
Em seu primeiro mês na presidência da Câmara de Manaus, o vereador Wilker Barreto (PHS), já causou insatisfação nos funcionários efetivos e comissionados. Com a desculpa de que estaria “reorganizando o quadro funcional do parlamento”, ele vai atrasar em sete dias o pagamento dos servidores. Previsto para ser depositado no sábado, 24, os salários agora só vão estar na conta no dia 31. Wilker é uma indicação do seu antecessor, o deputado eleito Bosco Saraiva, e antes de chegar ao cargo elogiava a organização administrativa do amigo.
Reforma sem fim
O prefeito Arthur Neto tenta fazer suspense no anúncio da segunda leva de secretários, que na semana passada prometeu “para os próximos dias”. Previsto para esta quinta-feira, 22, o anúncio não saiu e agora não tem data para sair. As secretarias que ainda estão com os titulares indefinidos são Administração, Mercados e Feiras, Esporte e Trabalho. Aliados de Arthur dizem que os novos nomes estavam definidos, mas ele sofre pressão para manter os atuais gestores.
Reforma política
Jovens que participam no Encontro Nacional da Pastoral da Juventude em Manaus realizam, no próximo domingo, 25, um ato público de apoio ao projeto de iniciativa popular de reforma política, que tramita no Congresso Nacional. A escolha do local, a Praça da Matriz, é que parece ter sido infeliz. Aos domingos, o movimento de pessoas no local é acanhado, com o agravante de que a praça está em reforma.