Do Estadão Conteúdo
MOSCOU – Em circunstâncias diferentes das que está acostumado, o inglês Lewis Hamilton venceu pela terceira vez em sua carreira o GP da Rússia da Fórmula 1, neste domingo, 30, e disparou na briga pelo título. O vencedor, provavelmente, seria o companheiro de Mercedes Valtteri Bottas, que fez a pole, mas recebeu ordem da equipe para deixar o inglês ultrapassá-lo.
A grande polêmica da corrida aconteceu na 25ª volta do Circuito de Sochi, quando o chefe da Mercedes, Toto Wolff, ordenou, pelo rádio, que Bottas, então na ponta, abrisse passagem para Hamilton, que tinha bolhas em seu pneu. A cena foi semelhante aos episódios envolvendo Schumacher e Barrichello, na Áustria, em 2002, e Alonso e Massa, na Alemanha, em 2010. O inglês, então assumiu o primeiro lugar e se manteve no posto até o final.
Pouco antes da volta derradeira, Bottas perguntou pelo rádio à equipe se a corrida terminaria como estava, com Hamilton à sua frente, e ouviu de Wolff: “sim, falaremos sobre isso depois da corrida”.
Hamilton, que costuma vibrar muito em suas vitórias, desta vez, foi contido em razão da polêmica. As imagens da televisão flagraram o tetracampeão, meio sem jeito, pedindo desculpas ao companheiro de equipe após a corrida. No pódio, não houve festa e Hamilton chegou até a oferecer o troféu da vitória a Bottas, que, porém, não aceitou.
Sem conseguir ameaçar os carros da Mercedes, Sebastian Vettel, que vê o rival ficar cada vez mais longe na liderança do Mundial de Pilotos, fechou o pódio. O companheiro do alemão, Kimi Raikkonen, foi o quarto colocado, completando a dobradinha da Ferrari na segunda fila.
Quem brilhou, de fato, na Rússia, foi o holandês Max Verstappen, que largou na penúltima posição, punido por troca nas peças do motor. Com uma corrida de recuperação impressionante, Verstappen cruzou a linha de chegada na quinta posição. O piloto da Red Bull se arriscou, tanto que só parou para trocar os pneus faltando dez voltas para o final, e teve sua ousadia premiada.
Seu companheiro de Red Bull, o australiano Daniel Ricciardo, que largou na última posição, também foi destaque em Sochi e chegou logo atrás, na sexta posição. Charles Leclerc colocou a Sauber na sétima posição, Kevin Magnussen, da Haas, foi o oitavo. Esteban Ocon e Sergio Pérez, da Force India, fecharam o top 10.
Restando cinco corridas para o final da temporada, Hamilton vai ficando cada vez mais perto do seu quinto título da Fórmula 1. Com o triunfo, o inglês, que chegou à marca de 70 vitórias na carreira e venceu pela oitava vez na atual temporada, abre mais dez pontos de vantagem no Mundial de Pilotos para Sebastian Vettel, vice-líder, e fica com 291 pontos, contra 241 do alemão.
A próxima corrida da Fórmula 1 será o GP do Japão, já no próximo final de semana. Passada a prova no circuito asiático, restarão quatro corridas para o final da temporada.
Confira a classificação final do GP de Cingapura:
1º – Lewis Hamilton (ING/Mercedes)
2º – Valtteri Bottas (FIN/Mercedes)
3º – Sebastian Vettel (ALE/Ferrari)
4º – Kimi Raikkon (FIN/Ferrari)
5º – Max Verstappen (HOL/Red Bull)
6º – Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull)
7º – Charles Leclerc (MON/Sauber)
8º – Kevin Magnussen (DIN/Haas)
9º – Esteban Ocon (FRA/Force India)
10º – Sergio Pérez (MEX/Force India)
11º – Romain Grosjean (FRA/Haas)
12º – Nico Hulkenberg (ALE/Renault)
13º – Marcus Ericsson (SUE/Sauber)
14º – Fernando Alonso (ESP/McLaren)
15º – Lance Stroll (CAN/Williams)
16º – Stoffel Vandoorne (BEL/McLaren)
17º – Carlos Sainz (ESP/Renault)
18º – Sergey Sirotkin (RUS/Williams)
Não completaram a prova:
Pierre Gasly (FRA/Toro Rosso)
Brendon Hartley (NZL/Toro Rosso)