Ninguém até o momento conseguiu entender a valentia do vice-governador José Melo, ao se proclamar candidato ao governo do Amazonas, em qualquer circunstância, chova ou faça sol, com ou sem trovoadas, subestimando, inclusive, o apoio que o governador Omar Aziz poderia ou poderá lhe oferecer.
Portanto, em termos normais de temperatura e pressão, resta evidente que Melo não daria essa declaração à imprensa sem o prévio consentimento do governador Aziz, por quem deve ter sido até mesmo estimulado a dizer o que disse.
É também óbvio que sem assumir o governo, com a permanência de Omar no comando do Estado, Melo não terá a menor chance de disputar uma única eleição majoritária.
Só com o governo nas mãos é que o atual vice-governador pode alimentar a esperança de pelo menos ser candidato no pleito de outubro próximo.
Como diz um arguto observador da cena política local, como governador e num passe de mágica, Melo logo será visto com uma vasta cabeleira e de olhos verdes, da cor das matas amazônicas.
Fora do poder, não terá salvação. Esta é a regra.