Depois de prometer, esta semana, que vai apoiar o prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) na campanha para a reeleição em 2016, o governador José Melo (Pros) admitiu a aliados que o apoio dele está condicionado à indicação do vice de Arthur e o nome mais cotado para o cargo é o próprio vice do governador, Henrique Oliveira (SDD). Na verdade, Henrique é uma “grande pedra no sapato” de José Melo e do senador Omar Aziz (PSD) para as eleições de 2018 já que Omar deixou de apoiar o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB), em 2014, porque pretendia lutar pelo mesmo cargo, quatro anos depois. Apesar de “não tomar decisões sem ouvir o governador”, como disse o próprio Melo, em entrevista à imprensa, Henrique tem buscado apoio, nos bastidores, para tentar se viabilizar como “cabeça de chapa”. A assessores, o vice-governador afirmou que se até o dia 30 de junho de 2016, prazo final para os partidos lançarem candidatos, seu objetivo não for concretizado, ele aceitará, mais uma vez, atuar como coadjuvante nas eleições, mas com a certeza de que será o ator principal na disputa pela Prefeitura de Manaus em 2020.
‘Vice perfeito’
Por outro lado, Arthur Neto comentou com aliados, entre eles secretários e vereadores, que o vice dele “perfeito” seria alguém de sua extrema confiança e que de preferência não tivesse muita experiência na política.
Governador sabia
O secretário estadual de Administração Penitenciária, Louismar Bonates, colocou José Melo em uma “saia justa” ao afirmar que o governador sabia das salas com regalias aos presos do Compaj “com bom comportamento”, entre eles o condenado por tráfico de drogas José Roberto da Compensa. As salas foram encontradas, nesta quarta-feira, 29, durante uma inspeção da SSP-AM. No ano passado, a Revista Veja noticiou que Melo, então candidato à reeleição, teria fechado acordo com chefes do tráfico em troca de apoio na campanha.
CPI na Justiça
Autor da proposta de CPI que pretende investigar suspeitas de cartel dos postos de combustíveis em Manaus, o vereador Mário Frota (PSDB) disse que, se preciso for, vai recorrer à Justiça para instalar a Comissão. Ele argumenta que, pelo regimento interno da CMM, os cinco vereadores que retiraram a assinatura do requerimento para a instalação da comissão, não poderiam ter feito esse procedimento após o protocolo do documento.
Um olho no peixe…
A crise no sistema de energia elétrica da Região Sudeste do País não tem sido suficiente para tomar toda a preocupação do ministro Eduardo Braga, que tem tido tempo suficiente para articular a nomeação de aliados nos principais órgãos do governo federal no Amazonas: o ex-vice-prefeito de Parintins, Messias Cursino deverá ficar na Superintendência de Pesca; Wagner Santana vai dirigir o Programa Nacional de Crédito Fundiário, o Terra Legal, e a ex-deputada Rebeca Garcia (PP) já é nome confirmado para a Suframa.
MP x Dissica
Há mais de 20 anos à frente da Federação Amazonense de Futebol, o ex-prefeito Dissica Valério Thomaz terá que enfrentar um processo na Justiça ingressado pela promotora de Justiça Kátia Maria Araújo, que pede o afastamento dele do cargo. Kátia argumenta que Dissica, ao longo dos anos, vem cometendo diversas irregularidades na gestão, entre elas a não prestação de contas de R$ 3 milhões no ano passado.
Nota amazonense?
A “nota fiscal amazonense” tem enrolado a cabeça de muitos operadores de caixas em estabelecimentos comerciais de Manaus, que desconhecem o objetivo do governo do Estado no projeto de inclusão do CPF na nota e acabam inventando “histórias” para os clientes. Ao ser questionada por um consumidor sobre o motivo de se colocar o CPF no cupom fiscal, a “caixa” de um supermercado informou que era um novo “projeto do governo federal”. Já numa drogaria, o operador de caixa tentou explicar para uma cliente desavisada que a mudança se tratava de uma “exigência da Receita Federal”.
Faltou sensibilidade
Deputados estaduais da base de José Melo discordaram do ato “insensível” do governador de não lembrar a morte do ex-prefeito Washington Régis (PMDB), ocorrida nesta quarta-feira, 29, em seu perfil pessoal do facebook. Régis ficou no grupo contrário a Melo na eleição passada. Um dos deputados informou à coluna que na época que era secretário de Governo na gestão de Eduardo Braga, Melo sempre ficava na casa do ex-prefeito quando viajava a Manacapuru.
Cochilo da base
O vereador Waldemir José (PT) comemorou como se tivesse vencido um campeonato por conta do vacilo dos vereadores da base do prefeito Arthur Virgílio Neto na Câmara Municipal de Manaus na manhã desta quarta-feira, 29. Na votação de um requerimento para convocar o secretário de Finanças da atual gestão e das duas administrações passadas para esclarecer dívidas herdadas por prefeitos que os substituíram, o presidente da Casa, Wilker Barreto (PHS) disse: os que são a favor permaneçam como estão. Distraídos, os vereadores não se manifestaram. Wilker ainda tentou alertar os colegas, mas Waldemir gritou Bem alto: “Eu ganhei!”.
Pedido de investigação
O vereador professor Bibiano (PT) promete acionar o Ministério Público do Trabalho (MPT) para apurar irregularidades na contratação de funcionários por empresas terceirizadas pela Semed (Secretaria Municipal de Educação) para prestar serviços nas áreas de segurança, serviços gerais e alimentação. A denúncia feita pelos funcionários foi divulgada no AMAZONAS ATUAL.