MANAUS – Soou quase que como uma “aprovação” ao massacre de 56 presos no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), em Manaus, a declaração do governador do Amazonas, José Melo (PROS), a uma rádio de Manaus na manhã desta quarta-feira, 4, divulgada pela Folha de S. Paulo. “Não tinha nenhum santo. Eram estupradores, matadores (…) e pessoas ligadas a outra facção, que é minoria aqui no Estado do Amazonas. Ontem, como medida de segurança, nós retiramos todos (os ameaçados) que ainda restavam e segregamos a outro presídio para evitar que continuasse acontecendo o pior”, disse o governador, na entrevista.
Foi, no mínimo, uma declaração infeliz. Além da conotação de “aprovação”, Melo também demonstrou ironia. Afinal, medida de segurança era separar presos de facções rivais em presídios diferentes e não transferir os poucos que escaparam da chacina.
Eu dou razão a ele. O que aconteceu foi uma limpeza.