Quando apoiou a candidatura do governador José Melo (Pros), no segundo turno das eleições de 2014, Marcelo Ramos afirmou que o apoio não incluía troca de favores, que estava optando pelo melhor candidato para o Amazonas e que não queria cargo na administração do governador reeleito. Na semana passada, ele procurava um nome para assumir a Secretaria de Estado de Trabalho (Setrab), que atualmente está com a ala do PT comandada por Valdemir Santana, presidente da CUT-Amazonas. Ramos chegou a oferecer o cargo de secretario do trabalho a um conselheiro da campanha dele, que rejeitou a proposta. A secretaria é uma das moedas que o ex-deputado estadual ofereceu à cúpula do PDT (leia-se ministro do Trabalho Manoel Dias) para ficar com o partido no Amazonas.
Tranquilidade
O deputado estadual recém empossado Dermilson Chagas, único parlamentar do PDT na Assembleia Legislativa, disse à coluna que está tranquilo em relação ao futuro do PDT. Para ele, o partido não irá para Marcelo Ramos. Dermilson tem interesse em assumir a direção da legenda no Estado, comandada por Stones Machado. “O Stones quer qualquer pessoa no partido que não seja eu. Mas não vai conseguir colocar o Marcelo Ramos”, disse.
Empolgação
Debutante no parlamento federal, o deputado Hissa Abrahão (PPS-AM) gravou um vídeo no Salão Verde do Congresso Nacional logo depois da posse e distribuiu via Wathsapp, em que se apresentou como “a nova voz do Amazonas em Brasília para fazer o governo federal enxergar que o Amazonas tem voz e vez”. Mas o que chama a atenção é a empolgação com que o parlamentar fala à câmera.
BR-319
O deputado federal Marcos Rotta (PMDB-AM), que também tomou posse ontem e estreia na Câmara Federal, prometeu reunir com deputados federais e senadores dos Estados da região Norte para criar uma frente parlamentar de apoio à recuperação da BR-319. Em dois governos do ex-presidente Lula e um mandato de Dilma Rousseff a obra de recuperação da rodovia não passou de promessa.
De novo corregedor
Os deputados estaduais (19 deles, para ser justo) reelegeram Ricardo Nicolau (PSD) para o cargo de Corregedor da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE). O parlamentar é réu, desde janeiro de 2014, em uma ação penal por improbidade administrativa. O Ministério Público, autor da denúncia, diz que houve superfaturamento de R$ 5,6 milhões nas obras do edifício garagem do ALE, construído na gestão de Nicolau.
Voz solitária
O deputado Luiz Castro (PPS), que já travou batalhas verbais com Nicolau em plenário e pediu que ele renunciasse ao cargo de Corregedor, lançou candidatura para o cargo exatamente por avaliar que ele não tem respaldo moral para assumir a função. Castro acabou com dois votos: o dele e o do petista José Ricardo. Começou muito mal a atual legislatura.
Respeito às minorias
Os três parlamentares que deixaram a sessão sem participar da eleição para a Mesa Diretora da Assembleia alegaram a quebra do princípio da proporcionalidade na composição do grupo e a falta de respeito às minorias. Na verdade, o PMDB foi contemplado, com Belarmino Lins. Vicente Lopes e Wanderley Dallas, do PMDB, e Francisco Souza, do PSC, entregaram o documento abaixo ao presidente dos trabalhos e se retiraram da sessão.