Da Redação
MANAUS – Um grupo de 35 pessoas promoveu manifestação no início da manhã deste sábado, em Manaus, contra a descriminalização do aborto. Reunidos na Praça Domingos Russo, na zona centro-sul, os manifestantes exibiram faixas e cartazes com frases contra o processo que tramita no TF (Supremo Tribunal Federal). A ação trata da interrupção da gravidez até a 12ª semana.
De acordo com a representante do movimento Pró-Vida Manaus, Karen Alencar, a intenção da mobilização é atrair apoio para a causa da entidade. “Estamos aqui para gritar que não, que somos a voz do povo, que nós não queremos o aborto, que o aborto é crime e vamos lutar pela vida dos inocentes”, disse.
Carlos Alencar, também integrante do Pró-Vida, disse que a manifestação é para tentar conscientizar as pessoas sobre a questão. Ele considera que está em jogo não é a legalização do aborto, mas o ativismo judicial. “Ativismo judicial é o fato de que quando os tribunais de qualquer país extrapolam a competência deles, que é jugar de acordo com a lei, passam a querer fazer a lei”, disse. “Quando os membros do STF, que não são eleitos pelo povo e ocupam cargos vitalícios, começam a legislar, a democracia está em perigo”, afirmou.
Carlos Alencar defende que seja aprovado um projeto de lei que altera o artigo 39, da lei de crime de responsabilidade, para inserir, entre as hipóteses de crime possíveis de serem cometidos por ministros do Supremo, a usurpação de competência, seja do Poder Executivo ou Legislativo.
“O aborto é apenas a ponta do iceberg, uma vez que, no final, tudo vai depender do que o Supremo decidir tirando a legitimidade do povo”, disse Carlos Alencar.
(Colaborou Patrick Motta)