Fatos são fatos. Quando verdadeiros, tornam-se incontestáveis. É impressionante como Lula e Bolsonaro se parecem, embora militando em campos opostos. Ambos ilustram a diferença entre o discurso e a prática política no Brasil. A rigor, não é à toa que cerca de 10% dos eleitores de Lula votarão em Bolsonaro, na hipótese do ex-metalúrgico não disputar a Presidência da República.
Levantamento recente feito pelo jornal O Globo revela profunda identidade entre ambos e os partidos lulopetistas, conforme posições adotadas no Congresso Nacional. Não há no fundo nenhuma contradição, porquanto entre eles move-se uma forte visão chauvinista do país e de sua economia, evidenciada nos governos petistas, da mesma forma que no passado serviu de inspiração aos governos militares.
Para que ninguém possa alegar desconhecimento, vale conferir a reportagem do jornal carioca, em síntese apertada a seguir reproduzida. Bolsonaro votou contra o Plano Real e todas as medidas do projeto, com o qual domou-se a inflação galopante, exatamente como fizeram parlamentares do PT, PDT e PC do B. Defendem eles todos o estado máximo, obeso, pesadão, e sempre se mostraram em oposição à privatização de estatais. Tomaram posição contrária à quebra dos monopólios das telecomunicações e se posicionam na trincheira dos que co mbatem as reformas administrativa e da Previdência.
Lá atrás, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, Bolsonaro combateu a Proposta de Emenda Constitucional que extinguiu o monopólio estatal do petróleo e das telecomunicações, possibilitando a atuação de várias empresas brasileiras e estrangeiras nesses segmentos de mercado. Mais uma vez alinhado com o PT e outras siglas, o deputado-militar insurgiu-se em desfavor da Lei do Petróleo de 1977, que autorizou que a pesquisa e a lavra pudessem ser feitas por empresas privadas, fato que permitiu grande expansão na área. Não teve outro comportamento em rela&c cedil;ão à reforma administrativa, proposta por FHC, a quem ameaçou com fuzilamento da tribuna da Câmara, que teve o mérito, dentre tantos outros, de impor teto salarial para o serviço público, proibiu acúmulo de cargos e acabou com a isonomia de vencimentos entre os três poderes.
O agora candidato a presidente da República sempre contestou a reforma da Previdência. Votou pela rejeição da cobrança previdenciária a servidores inativos, no bojo de ações de ajuste fiscal do presidente FHC, indispensável na ocasião à estabilidade mínima nas contas públicas. Agindo em causa própria, em defesa de sua futura aposentadoria, portou-se contra a extinção do Instituto de Previdência dos Congressistas, em ação de iniciativa do então presidente da Câmara Luís Eduardo Magalhães.
Na mesma linha do que fez Lula da Silva, com a Carta ao Povo Brasileiro, Bolsonaro posa no momento de bonzinho, lobo em pele de cordeiro, ao subscrever manifesto que o apresenta como liberal, sem “ideias heterodoxas ou apreço por regimes totalitários”. Logo ele, que há anos defende a intervenção militar, o golpe escancarado contras as instituições democráticas.
De positivo em tudo isso apenas sua candidatura. Parece ter cedido finalmente às regras do jogo democrático, assegurado o direito que tem de lutar pela conquista do poder. No entanto, que se mostre desde logo como é e o que realmente pretende realizar no comando da Nação. Caso eleito, pela vontade popular, que governe, com todas as garantias inerentes ao cargo conquistado. É aí que reside a beleza do regime em que o povo exerce a soberania, ainda que com acertos e desacertos.
Está na hora de endireitar o nosso país. Chega de mentiras, manipulações da mídia, corrupção e criminalidade com PT, PMDB, PP, PSDB e companhia. Não acredito em salvador da pátria, mas Bolsonaro é o que melhor representa a mudança que necessitamos neste momento. Que ele tenha sabedoria para montar uma boa equipe. Além de Bolsonaro, precisamos renovar nosso congresso. Vamos votar direito!
Paulo Figueiredo continua com seus textos psdebistas e privativistas. É mais uma privatifaria comparar Lula ao Bolsonaro. Lula nunca foi defensor da ditadura, muito menos é a favor da pena de morte e da disseminação do ódio e da violência no país.
Lula quer apenas que os brasileiros tenham 3 refeições por dia. É o mínimo da acentuada desigualdade brasileira, patrocinada pelos Aécios, Temeres e seus asseclas.