MANAUS – Presidente da Cigás (Companhia de Gás do Amazonas) durante seis anos, o advogado Lino Chíxaro disse ao ATUAL que entregou o cargo, na sexta-feira, 19, porque estava sobrecarregado, e que foi uma decisão pessoal para se dedicar mais à advocacia. A saída do governo ocorre após Chíxaro aparecer em gravações de ligações telefônicas com o médico Mouhamad Moustafa, seu cliente, anexadas em inquérito da Polícia Federal sobre a Operação Maus Caminhos. As gravações foram reveladas pelo ATUAL. Mouhamad é um dos principais implicados em esquema de corrupção que envolvia fraudes em contratos de serviços na saúde pública no Amazonas. Em um dos trechos da conversa, Lino discute sobre possíveis nomes para ocupar cargos na gestão do ex-governador José Melo de Oliveira (Pros).
Sobrecarga
“Meu mandato terminaria em abril. Estou fazendo doutorado, que teve início neste ano a segunda etapa, e fundei outro escritório. Então, achei que não daria para dividir as duas atividades e resolvi antecipar o que aconteceria daqui a três meses. Estou sobrecarregado, por isso resolvi antecipar”, disse Chíxaro.