A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmas), Kátia Helena Schweickardt, deixou a pasta nesta sexta-feira, para assumir o comando da Secretaria Municipal de Educação, no lugar de Humberto Michilles. A nomeação foi publicada no Diário Oficial do Município desta sexta-feira, 20, publicado à noite na internet. O nome dela foi definido nesta sexta, após pairarem suspeitas de que o segundo escalão da pasta fora responsável pela queda do titular, no dia anterior. Receoso de perder o controle sobre a Semed, Arthur optou por um nome mais técnico e menos político que, principalmente, fosse leal a ele e não se deixe levar pelas vaidades e tentações que o cargo possa provocar (a pasta tem o maior orçamento entre as secretarias municipais). A decisão não agradou aos subsecretários da Luís Fabian Barbosa e Franklin Pinto que, junto com o chefe da Casa Civil, Márcio Noronha, já se preparavam para reagrupar as peças do tabuleiro.
Marina do Amazonas
Ao contrário de Michilles, que tinha apenas o ensino médio, Kátia Helena Schweickardt tem um curriculum acadêmico vasto: é doutora em Sociologia e Antropologia; meste em Sociedade e Cultura na Amazônia e graduada em Agronomia e Ciências Sociais. Além da experiência em gestão, a secretária é conhecida na Semmas por travar projetos comercias com indícios de comprometimento o meio ambiente. Na prefeitura, ela é conhecida como a “Marina Silva do Amazonas”, em referência a ex-senadora que, quando ministra do Meio Ambiente, priorizava a defesa ambiental em detrimento do negócio.
Contratos vêm à tona
Os 28 contratos para a construção de creches para o Ensino Infantil, publicados, ontem, no Diário Oficial do Município – e que somam mais de R$ 48 milhões – mostram como o ex-secretário Humberto Michilles estava com dificuldades de gerir a Semed. A Coluna Expressão já havia adiantado, um dia antes, que o ex-deputado não conseguia dar andamento às publicações oficiais da secretaria e sofria boicote do próprio prefeito Arthur Neto.
Nomeação desagrada
A nomeação de Renê Levy Aguiar para a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) desagradou a comunidade científica do Estado. Um pesquisador chegou a comentar com a coluna que Renê não tem vivência acadêmica na área de Ciência e Tecnologia; nunca participou de comitês científicos; jamais teve projetos de pesquisas aprovados e não tem sensibilidade para buscar recursos na área. Renê é graduado em Tecnologia de Topografia e Estradas; concluiu mestrado em Geotecnia e tem doutorado em Engenharia Civil.
Cícero segue exemplo
A decisão do presidente do PSDC, Cícero Lima, de expulsar o secretário municipal de Trabalho e vereador licenciado, Davi Reis, teve a influência direta do deputado federal Hissa Abrahão (PPS), de quem é Cícero é amigo pessoal. Este mês, Hissa, que se tornou “manda-chuva” de seu partido, expulsou os vereadores Professor Samuel e Professora Jacqueline porque ambos desobedeceram orientação da legenda na votação para presidência da Câmara de Manaus. Cícero também havia tirado o PSDC da base do prefeito Arthur por ão ter conseguido cargo na prefeitura.
Melo nem aí
Aliados de Arthur Virgílio Neto esperavam, até esta sexta-feira, 20, que o governador José Melo (Pros), nomeasse um apadrinhado do prefeito para uma secretaria estadual, abrindo espaço para nomeações de nomes ligado a Melo na Prefeitura de Manaus, selando uma parceria para as eleições de 2016. A espera era tanta que Arthur afirmou a assessores que só finalizaria sua reforma após o anúncio dos novos secretários do governador. Mas Melo ignorou o prefeito e deu sinais de que o tucano não está entre seus preferidos para a disputa do ano que vem.