Por Henderson Martins, da Redação
MANAUS – O presidente do Simeam (Sindicato dos Médicos do Amazonas), Mário Vianna, defende que a justiça busque o entendimento sobre a situação dos trabalhadores que estão sem receber seus pagamentos no serviço terceirizado de saúde no Estado. Segundo o médico, se os colegas da ortopedia não aceitaram a proposta de parcelamento das dívidas em atraso, aceito por outras empresas, é pelo fato de existir outros problemas que o atraso no pagamento afetou os profissionais.
Mário Vianna se refere à decisão da Justiça de mandar prender o presidente do Itoam (Instituto de Traumato Ortopedia do Amazonas), Rafael Jacob Benoliel, por não determinar a volta ao trabalho dos ortopedistas nas unidades de saúde. “Mais uma vez a justiça entende de uma forma diversa do que os trabalhadores entendem”, disse.
Vianna considerou que um dos integrantes do movimento de paralisação dos serviços por falta de pagamento indagou que a juíza esqueceu de colocar na sentença que o Estado quite a dívida com a empresa. “Quem trabalha, subentende-se que precisa dos salários. Então, a reivindicação pelo pagamento dos atrasos achamos como legítima. Não posso falar muito, uma vez que o sindicato não foi convidado a estar junto com eles nessa questão”, disse o presidente do Simeam.
De acordo com Mário Vianna, como presidente do sindicato deverá respeitar as decisões dos trabalhadores do Itoam. “As orientações que o sindicato deveria dar, já foram feitas em outros momentos. Agora, a capacidade de decisão é deles por meio de assembleia interna e não cabe a mim interferir, mas acho válida a manifestação”, disse.
O médico revelou que o sindicato acompanhou as audiências que aconteceram com o secretário de saúde, Francisco Deodato, e com o secretário de Fazenda, Alfredo Paes, para renegociação das dívidas com as empresas terceirizadas de saúde. “Pelo que pude perceber, a maioria das empresas entendeu que a proposta de um cronograma de pagamento poderá satisfazer as necessidades que estão se agravando a cada dia”, disse Vianna.