Da Redação
MANAUS – O juiz plantonista Adilson Maciel Dantas, do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT-11), determinou o retorno imediato ao trabalho de motoristas e cobradores que entraram em greve na manhã desta terça-feira, 17. O juiz ordenou que o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Manaus(STTRM) pague multa de R$ 50 mil por hora parada.
O juiz considerou “flagrante desrespeito preconizado na lei de greve o fato dos rodoviários terem paralisado 100% da frota, deixando a população sem nenhuma alternativa de transporte coletivo convencional, uma vez que a legislação determina que seja liberado quantidade mínima da frota para atender à população”.
O juiz determinou ainda que o mandato de intimação seja entregue para qualquer funcionário do sindicato, com execução imediata de cumprimento do mandato e se necessário uso da força policial. A nova decisão da Justiça, que já havia determinado o funcionamento de 70% da frota de ônibus durante a paralisação, atende pedido do Sinetram (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Amazonas).
O vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, Josildo Oliveira, disse que dificilmente a frota de 1,4 mil ônibus voltará a funcionar hoje (terça) uma vez que, além dos trabalhadores estarem determinados a manter o movimento, não estão mais nas empresas”. “A Justiça tem que primeiro mandar pagar nosso aumento de salário”, disse Josildo, que alegou não ter sido notificado da nova decisão judicial.
A DPE (Defensoria Pública do Estado do Amazonas), a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e o Procon entraram com ação conjunta na Justiça do Trabalho pedindo a prisão dos líderes sindicais. Conforme Josildo, a greve está amparada em lei federal. Ele desafiou essas entidades a obterem o mandado de prisão da diretoria do sindicato.