Por Rosiene Carvalho, da Redação
MANAUS – O governador do Amazonas, José Melo (Pros), e o vice-governador Henrique Oliveira tiveram os mandatos cassados na manhã desta quinta-feira, 4, por um placar de 5 a 2 no TSE (Tribunal Superior Eleitoral do Amazonas). O TSE decidiu cassar o mandato de Melo por compra de votos com o conhecimento e anuência do governador. Pela decisão, o Amazonas terá novas eleições nos próximos dias. A presidente do TSE, ministra Rosa Weber, determinou o cumprimento imediato da decisão e envio do comunicado ao TRE-AM (Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas).
Votaram pela cassação do governador o ministro Luís Barroso, que pediu vista conjunta com a ministra Luciana Lóssio no dia 23 de março quando o julgamento foi suspenso após pedido de vista da ministra, Herman Bejamin, Edson Fachin e Admar Gonzaga Barbosa e a ministra que presidiu a sessão, Rosa Weber. Pela absolvição de Melo, votaram o relator Napoleão Nunes Maia e Luciana Lóssio.
O ministro Admar Gonzaga também votou pela cassação do governador do Amazonas, José Melo (PROS). Barbosa leu os autos do processo sobre compra de votos para enfatizar as provas apresentadas contra o governador. Admar Gonzaga deu ênfase à ação da empresária Nair Blair no caso, presa pela Polícia Federal por envolvimento na compra de votos durante a eleição de 2014.
Conforme o ministro, a movimentação financeira da empresa de Nair Blair Agência Nacional de Segurança e Defesa) configuram relação direta com a compra de votos. “São provas incontestáveis”, classificou Admar Gonzaga, referindo-se aos documentos reunidos pela PF durante a investigação.
Herman Benjamin: ‘Há provas devastadoras de compra votos, avalanche de fatos’; placar fica 3 a 2