Por Maria Derzi, da Redação
MANAUS – O congelamento de salários dos secretários municipais não significa que os servidores ficarão sem reajuste em 2017, disse o prefeito Arthur Neto (PSDB), em pronunciamento na Câmara Municipal de Manaus, na manhã desta terça-feira, 6, na primeira visita ao legislativo após a reeleição. Arthur anunciou o congelamento do próprio salário e do vice, Marcos Rotta (PMDB). O prefeito não confirmou, mas também não descartou a possibilidade de congelar os salários do funcionalismo municipal. “Uma coisa não tem nada a ver com a outra. O ano é difícil, mas eu jamais deixei de reajustar”, disse Arthur, evitando incluir os servidores na decisão.
O prefeito anunciou que seguirá a medida adotada pelos vereadores, que também decidiram congelar os salários no próximo ano. “Não é hora de se pensar em reajuste quando você tem uma situação tão difícil para os brasileiros, para os aposentados, para os trabalhadores, para os desempregados. Então, eu disse que não aceito reajuste no meu salário e nem no salário do vice-prefeito. Parabenizo os vereadores pela consciência que eles tiveram. Eles tinham a oportunidade de fazer um reajuste em seus subsídios, de quatro em quatro anos, e não fizeram”, disse.
Atualmente, Arthur ganha R$ 18 mil mensais e o vice, R$ 17 mil. O salário dos secretários é de R$ 15 mil e, dos subsecretários, R$ 14 mil.
Arthur disse ainda que voltou otimista da viagem a Brasília onde foi negociar empréstimos federais. “Nós fomos ao presidente da República e a todos os ministérios que poderiam liberar recursos para Manaus. Obtivemos respostas bem animadoras. Agora, vamos ver a concretização delas”, disse.
Conforme o prefeito, foi negociado com o presidente Michel Temer a liberação de dinheiro para a urbanização de ruas do Distrito Industrial. “É uma demanda muito antiga, havia aquela dúvida de quem iria fazer: a prefeitura ou a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus). Mas, agora, temos uma acordo com a Suframa no sentido de que não importa quem faça. A Suframa tem no caixa o dinheiro, cerca de R$ 150 milhões, então não tem porque não se liberar lá em cima para darmos uma fisionomia diferente ao ganha-pão dos manauaras e dos amazonenses, que é a Zona Franca de Manaus. Tem que ter a pavimentação correta, tem que haver a correção da drenagem e dinheiro existe na Suframa, falta apenas a liberação pelo Governo Federal, imagino que sairá por essas horas”, disse.
Arthur disse também que espera uma consistente base de apoio na Câmara Municipal, que foi renovada para a próxima legislatura. “Não para mim, mas para a cidade de Manaus, para os projetos que valem à pena. E essa base de apoio haverá de perceber o que se pretende para Manaus. E com isso faremos grandes transformações, sem percalços e teremos conquistas para a cidade”, declarou.
Sobre mudanças administrativas na Prefeitura, o prefeito disse que está “trabalhando isso com muito cuidado e com muito sigilo”. “O governo tem que ter uma certa mudança, as vezes mudanças de nomes, as vezes mudanças de cadeiras. Mas ele tem que ter um aspecto de quem está começando mesmo. É preciso uma rejuvenescida no governo, não do ponto de vista de idade. Mas, uma rejuvenescida do ponto de vista de perspectivas claras, de você com muita força e com muito gás ter muita gente estimulada a promover mais mudanças para a cidade de Manaus”, disse Arthur.