MANAUS – A movimentação de potenciais candidatos ao Governo do Amazonas para trocar de partido é ilustrativa do caciquismo partidário e da total falta de identidade ideológica dos políticos. A viabilidade de candidaturas passa pelo convencimento dos ‘donos’ de partidos de que a causa pública supera o interesse privado, o que soa como utopia. Político em ascensão, Marcelo Ramos (PR) teve sua candidatura ao governo na eleição suplementar deste ano bloqueada pelo comando do PR. O deputado estadual David Almeida viveu a mesma experiência no PSD, do qual está debandando. O governador Amazonino Mendes já cogita sair do PDT. Em casos assim fica sempre a dúvida: o tempo de fidelidade partidária dura até o momento em que o interesse pelo poder pessoal não conciliar mais com o partidário?