Da Agência Brasil e Do Estadão Conteúdo
RIO DE JANEIRO – A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), responsável pelo Museu Nacional no Rio, lamentou em nota o incêndio que começou na noite desse domingo, 2, e destruiu o prédio histórico. “É a maior tragédia museológica do país. Uma perda incalculável para o nosso patrimônio científico, histórico e cultural.”
No texto, a UFRJ se solidariza, em nome do Instituto Brasileiro de Museus, com servidores e pesquisadores do Museu Nacional, no que considera um triste registro da história.
“Tamanha perplexidade que toma a todos, nos defronta com o maior desafio dos museus: consolidar e implementar uma política pública que garanta, de forma efetiva, a manutenção e conservação de edifícios e acervos do patrimônio cultural brasileiro”, destaca a nota.
O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher, informou que esta terá nesta segunda-feira, 3, uma reunião com o ministro da Educação, Rossieli Soares, e cobrará do governo federal empenho para reconstruir o prédio e o acervo da instituição, que, segundo o próprio Museu Nacional, tem a maior coleção da América Latina. “Para o país, é uma perda imensa. Aqui temos a nossa memória. Grande parte do processo de constituição da história moderna do Brasil passa pelo Museu Nacional. Este incêndio sangra o coração do país.”
Diretor do Museu Nacional diz esperar “todo apoio do governo federal”
O diretor do Museu Nacional/UFRJ, Alexander Kellner, afirmou, na madrugada desta segunda-feira, 3, em nota oficial, que espera todo o apoio do governo federal diante do incêndio que consumiu as instalações do museu, o mais antigo do País, que completou 200 anos em junho passado. “É uma enorme tragédia”, disse. “A hora é de união e reconstrução.”
Kellner afirmou que ainda é impossível estimar a perda do acervo de 20 milhões de itens.
“Infelizmente ainda não conseguimos mensurar o dano total ao acervo, mas precisamos mobilizar toda a sociedade para a recuperação de uma das mais importantes instituições científicas do mundo”, disse.
A nota informa ainda que, recentemente, o museu aprovou junto ao BNDES um financiamento da ordem de R$ 21.7 milhões, que previa a aquisição de novos equipamentos para a prevenção de incêndios.