Roberto Freire já anunciou apoio do PPS, partido de Hissa Abrahão, à candidatura de Eduardo Campos, do PSB, partido de Serafim Corrêa, em coligação de caráter nacional.
A disciplina partidária, segundo Freire e da qual o PPS não abrirá mão em nenhuma hipótese, imporá a todos os diretórios regionais nos estados a mesma postura de apoio ao candidato pernambucano e socialista.
No Amazonas, sem alternativas, Serafim e Hissa estarão juntos em 2014. Um ou outro disputará o governo, em aliança partidária, mesmo porque Campos tem necessidade de um palanque local para dar substância e vitaminar seu projeto eleitoral no Estado, onde Dilma Rousseff é fortíssima, pela leitura das últimas pesquisas de opinião.
Como se vê, o quadro é complicado.
Enquanto Arthur Neto já declarou apoio ao candidato do governador Omar Aziz, contanto que não seja Eduardo Braga, Hissa Abrahão e Serafim Corrêa estarão obrigados a uma campanha de confronto com o ex-correligionário e atual prefeito de Manaus.
Sabendo da situação, irremediável sob todos os aspectos, Artur apressou seu rompimento com Hissa, levado ao ar em programa de rádio com extrema descortesia, ciente de que jamais poderá agora abandonar o barco do governo do Amazonas, de quem sua administração depende integralmente.
Assim, considerado hoje governista dos mais radicais, Arthur emprestará apoio político e administrativo a quem Omar Aziz indicar, José Melo ou qualquer outro, como soldado fiel do governador, sem pestanejar.