O momento é outro. Os praças da Polícia Militar se reuniram no sábado e decidira que deflagarão greve se nenhum acordo for fechado em reunião marcada para quarta-feira com o governador José Melo (Pros). Em abril de 2014, os praças fizeram uma greve, que na ocasião foi chamada pelo próprio governador de “um movimento de reivindicação” (hoje os próprios praças se referem ao “movimento” como greve). Mais de metade dos policiais que atuam em Manaus paralisaram as atividades e se concentraram durante a noite e madrugada em frente à Arena Amadeu Teixeira, na zona centro-oeste da capital. José Melo, em 2014, buscava apoio para sua candidatura à reeleição, e àquela altura da disputa aparecia nas pesquisas de intenção de votos com cerca de 10%. Era quase uma obrigação agradar a uma categoria que poderia lhe render milhares de votos. Se tivesse cumprido a lei, boa parte dos praças e policiais teriam recebido punição, prevista nos códigos de conduta da Polícia Militar, por insubordinação e indisciplina. O “perdão eleitoral” de Melo dificilmente se repetirá neste ano. Mas ainda há a possibilidade de negociação para evitar uma nova greve.
E as punições?
Depois da greve vieram a público vídeos de policiais militares armados tomando as viaturas de colegas para impedir que trabalhassem. A Corregedoria de Segurança Pública abriu investigação e o comando da Polícia Militar prometia punir todos os que “cometeram crimes”, disse à época o comandante da corporação, coronel Paulo Roberto Vital. Depois da saída dele do cargo, nunca mais se ouviu falar da investigação.
“Cuspindo no prato”
A frase “cuspindo no prato que comeu” foi uma das mais utilizadas pelos leitores do AMAZONAS ATUAL nos comentários da entrevista do deputado federal Alfredo Nascimento (PR), publicada neste domingo. A insatisfação se deveu ao fato de Alfredo dizer que seu maior erro foi se aliançar com o ex-presidente Lula e com Dilma Rousseff. O ex-prefeito de Manaus disse que errou ao deixar a prefeitura em 2004 para ser ministro de Lula e errou mais ainda ao aceitar o ministério de Dilma, depois de perder as eleições em 2010.
“Não ganha”
Outro alvo dos internaltas foi o novo filiado do PR Marcelo Ramos. Na entrevista, Alfredo Nascimento diz que ele será candidato a prefeito de Manaus, que sua candidatura “é pra valer” e “pra ganhar a eleição”. Os comentários sobre o assunto são todos negativos: “Não ganha nem para síndico”, disse um dos leitores. Outros dizem que Marcelo errou ao se aliar a Alfredo e ao grupo dele.
“Gazetagem” parlamentar
O feriado é só nesta segunda-feira, mas os deputados estaduais devem trabalhar só um dia nesta semana. No dia 14, boa parte dos parlamentares vai a Brasília, na Marcha dos Deputados Estaduais. Para isso, “pagaram” a sessão do dia 14 com uma sessão na segunda-feira, 5. Na sexta-feira, os deputados fizeram uma sessão de 10 minutos, para votar o veto do governador e salvar a Secretaria da Pessoa com Deficiência da degola, mas o encontro será computado para compensar a sessão desta quinta-feira, 15. Restou a terça-feira. As apostas são para saber quantos deputados vão aparecer amanhã.
Marcha a Brasília
Os deputados estaduais de todo o Brasil organizam uma mobilização, nesta quarta, 14, em Brasília, em defesa da votação e aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 47/2012, que propõe mudanças no Pacto Federativo e dá autonomia para os estados legislarem sobre determinados temas que atualmente são privativos da União, como direito processual e agrário, licitações e contratos, propaganda comercial e trânsito e transporte.