MANAUS – As empresas Telebras NET e Claro (que pertencem ao mesmo grupo) tentam desde 2011 a liberação da passagem de cabos de fibra óptica pelos dutos da Ponte Rio Negro, sentido Iranduba-Manaus, para a interligação do sinal diretamente com a capital, mas não conseguem. Na última segunda-feira, 22, os representantes das empresas tiveram mais uma reunião com representantes do Governo, a quarta desde que começaram a pleitear a passagem do cabo, e desta vez receberam sinal positivo de que o pleito será atendido. Hoje, a transmissão é feita via rádio, mas as empresas sustentam que com a ligação da fibra óptica o serviço de internet terá mais estabilidade.
O advogado Marcelo Ramos intermediou o contato dos empresários com o governo e disse que governador José Melo participou da reunião, junto com membros da NET e da Prodam (Empresa de Processamento de Dados do Amazonas). Segundo Ramos, o chefe do executivo sinalizou positivamente para o projeto.
A NET sugeriu como contrapartida, a liberação do sinal de internet gratuito em alguns pontos de Manaus, entre eles uma praça pública e a FCecon (Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas).
A proposta está sob a análise da PGE (Procuradoria Geral do Estado). “O cabo da NET atravessa o Atlântico, passa pela BR-319 (Porto Velho – Manaus), Careiro e, quando chega em Iranduba, na cabeceira da Ponte, o sinal passa a ser transmitido via rádio. A proposta da empresa é que os cabos já utilizados pelo Governo do Estado, e que se encontram na ponte danificados, sejam recuperados pela NET, já que estão defeituosos. Em seguida eles poderão ser compartilhados.
A outra alternativa é lançar um novo cabeamento no duto para a utilização das empresas, explicou o ex-parlamentar, que acompanhou o início da negociação, quando era deputado estadual pelo PSB. O AMAZONAS ATUAL entrou em contato com a NET para obter informações técnicas sobre a atuação da empresa na capital, mas não obteve retorno.
Quando deputado, Marcelo Ramos foi relator da CPI da Telefonia na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, que, ao final, propôs a assinatura de termos de compromisso das empresas para a melhoria dos serviços de telefone e internet no Estado. Passados quase dois anos do fim da CPI, a situação da telefonia no interior do Estado continua precária e a Internet, mesmo em Manaus, é alvo de reclamação dos usuários.