Alguns fatos marcaram o julgamento de um dos processos de cassação do mandato do governador do Amazonas, José Melo (PROS), nessa quarta-feira, 26. Em sete meses de adiamento da decisão final pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral), a absolvição de Melo foi decretada às vésperas do segundo turno da eleição à Prefeitura de Manaus. Juízes que anteriormente haviam votado enfaticamente pela perda da cassação de Melo mudaram de opinião modestamente e decidiram inocentá-lo. A absolvição foi decretada pelo voto do presidente do TRE, Yedo Simões – o voto de minerva – em um resultado de 4 a 3. Melo, que se manteve calado e sumido da campanha eleitoral pode, agora, se manifestar no segundo turno, ou não, a quatro dias do pleito.
Mitologia
O voto de minerva tem origem na mitologia grega em que a deusa Atena (conhecida como Minerva) preside o julgamento de Orestes, que matou mãe e seu amante para vingar a morte de seu pai. A pena para aquele que cometesse um crime contra a própria família, e mais concretamente o matricídio, era a morte. Os culpados eram executados pelas Erínias, seres infernais que torturavam as almas pecadoras. Orestes foi julgado por 12 cidadãos de Atenas e a votação terminou em 6 a 6. Minerva, deusa da paz, da razão e da justiça lançou o voto decisivo, declarando a inocência de Orestes. Yedo Simões, como Minerva, garantiu a paz a Melo após sete meses de inferno astral do governador.
Será que acabou?
Paz?, infernal astral só começou pro desgoverno do José Zeca Merenda Melo. O TRE fica sob suspeita de parcialidade e moral, principalmente o Yedo Simões como presidente da corte.