MANAUS – Famílias que em 2012 perderam as casas em um incêndio que atingiu a comunidade Arthur Bernardes, começaram a voltar ao local, na manhã desta segunda-feira, 3, ergueram barracas e realizaram protesto no fim da tarde contra o governo do Estado. Os ex-moradores da comunidade afirmam que estão desde janeiro sem receber o aluguel social pago pelo Governo do Estado do Amazonas que é pago às famílias que esperam um apartamento doado pelo governo ou a indenização do imóvel queimado.
Os manifestantes alegam que 127 famílias ainda estão esperando a promessa do governo de indenizá-las ou doar um apartamento em conjuntos habitacionais do Prosamim ou do programa federal Minha Casa Minha Vida. Dessas, apenas 17 aceitaram um imóvel do governo; o restante quer a indenização. Cerca de 200 famílias que perderam as casar na Arthur Bernardes já foram indenizadas ou receberam casas.
Erinaldo Arruda, um dos ex-moradores da comunidade, afirma que está desempregado e não teve como pagar o aluguel do imóvel onde está instalado à espera da indenização; o proprietário do imóvel já pediu para ele desocupar a casa até esta segunda-feira. Erinaldo mora com a mulher e três filhos.
O presidente da Associação de Moradores, Leonardo Faria dos Santos, disse que o governo suspendeu o pagamento do aluguel e prometeu a indenização para o março deste ano, o que não ocorreu. Foi esse o motivo da ocupação do terreno, onde está sendo erguida uma obra do Prosamim (Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus). Os serviços, no entanto, estão parados desde o ano passado.
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Manaus informou que a obra está paralisada porque o Prosamim está sob análise do Ministério das Cidades. Não há prazo para que os serviços sejam retomados.
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