Analistas e jornalistas de opinião entenderam como uma indireta ao ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, a fala específica da presidente Dilma Rousseff no pronunciamento que antecedeu a reunião ministerial em que conclamou os presentes a “enfrentar o desconhecimento e a desinformação, sempre e permanentemente”. “Reajam aos boatos, travem a batalha das comunicações, levem a posição do governo à opinião pública. Sejam claros e precisos e se façam entender. Nós não podemos deixar dúvidas”, disse a presidente. A Agência Estado lembrou que na semana passada, Eduardo Braga gerou mal estar no Planalto por uma fala truncada do ministro sobre a possibilidade de racionamento de energia caso o nível dos reservatórios das hidrelétricas caia dos atuais 17% para 10%. Na reunião, Dilma afirmou que o governo federal está adotando “todas as ações cabíveis para garantir o fornecimento de energia elétrica”.
Promessas de campanha
Ao pedir empenho dos ministros para que comuniquem-se melhor com a sociedade, a presidente Dilma Rousseff afirmou que é preciso “mostrar a cada cidadão que não alteramos em nenhum milímetro nosso compromisso com o projeto vencedor da eleição”. O aumento da carga tributária, por exemplo, é só um caso de alteração do projeto vencedor das eleições.
Olhando no retrovisor
O ministro Eduardo Braga, que está com menos de um mês no cargo, postou, em seu perfil do Facebook, uma ação do ministério cuja autoria é do antecessor dele, Edison Lobão. Na sua página pessoal, o ministro comemorava um feito realizado entre 2001 e 2015, período em que, segundo ele, o governo federal “triplicou as linhas de transmissão e duplicou a diversificação de energia elétrica no Brasil”.
Revista insólita
O novo presidente da Câmara de Manaus, Wilker Barreto, decidiu mandar revistar todo cidadão que quiser entrar na Casa e não portar o crachá de funcionário do Parlamento. Lideranças comunitárias femininas que costumeiramente visitam os gabinetes dos vereadores em busca de serviços públicos confidenciaram à coluna que receiam serem “examinadas” por homens nessas ocasiões. Em reunião interna, Wilker informou que a medida tem como objetivo garantir a segurança dos servidores e dos próprios parlamentares.
Depois de 30 anos
Wilker Barreto pesou a mão em cima dos antigos vendedores que comercializavam produtos no prédio da Câmara Municipal, coibindo a prática a partir deste ano. A situação que mais comoveu os funcionários foi a proibição de um ‘picolezeiro’ de 70 anos que vendia seu produto na Casa, desde quando a Câmara era localizada na Avenida Sete de Setembro, há mais de 30 anos. Amigos do ‘velhinho’ informaram que ele chegou a passar mal com a notícia.
Carnaval em dia
Mesmo em tempos de crise, o Carnaval de Manaus não vai ficar sem recursos neste ano, ao contrário do que ocorreu com algumas pastas do serviço público. Em entrevista à imprensa este mês, o prefeito Arthur Virgílio Neto declarou que secretarias como a de Meio Ambiente “deu o que tinha que dar” e que ele não aumentaria em um centavo o repasse para a instituição. Para o Carnaval que dura dois dias, Arthur não titubeou em repassar R$ 2 milhões para as escolas de samba.
‘Guerra santa’
De olho nas eleições de 2016, políticos ligados a igrejas evangélicas de Manaus já se articulam com seus pastores para saber quem as instituições religiosas vão apoiar na capital. Na Câmara, a concorrência vai ser mais forte com membros da Igreja Adventista, que tem dois representantes (Professor Samuel e Walfran Torres), e com a Assembleia de Deus, que tem Roberto Sabino e Amauri Colares. Outros postulantes aos cargos no Parlamento também brigam dentro das igrejas para tomar os cargos dos atuais mandatários.