Da Redação
MANAUS – A PF (Polícia Federal) transferiu na tarde desta quarta-feira, 3, para o CDPM (Centro de Detenção Provisória Masculino), na BR-174, os ex-secretários Afonso Lobo (Fazenda), Evando Melo (Administração), Wilson Alecrim (Saúde) e Pedro Elias de Souza (Saúde). Os quatro tiveram a prisão preventiva decretada no dia 31 de dezembro. Eles são acusados de se beneficiarem de um esquema de corrupção com recursos estaduais e federais da área da saúde.
Antes de serem levados ao CDPM, os quatro ex-secretários fizeram exame de corpo de delito, no IML (Instituto Médico Legal). Durante a entrada e a saída do instituto, os presos mantiveram as mãos para trás. Este é um procedimento comum utilizado pela PF com custodiados que não apresentam nenhum perigo ou resistência durante as operações. Os quatro foram transportados em um furgão.
Também está preso pela mesma acusação o ex-governador José Melo (Pros). Mas por decisão da juíza federal Jaiza Fraxe, ele será o único mantido na carceragem da Polícia Federal. O ex-governador foi preso no dia 21 de dezembro, na Operação Estado de Emergência, a terceira fase da Operação Maus Caminhos, sob a suspeita de receber propina do esquema que desviou pelo menos R$ 110 milhões da saúde no Amazonas. No dia 26, o juiz federal Ricardo Sales decidiu transformar a prisão temporária de Melo em prisão domiciliar.
No mesmo dia, Ricardo Sales também mandou para casa cinco ex-secretários que estavam presos desde o dia 13, na Operação Custo Político, segunda fase da Maus Caminhos. Eram eles Wilson Alecrim, Evandro Melo (irmão do ex-governador), Pedro Elias de Souza, Afonso Lobo e Raul Zaidan.
No dia 31 de dezembro, antes da virada do ano, a juíza Ana Paula Serizawa revogou as decisões de Ricardo Sales e mandou Melo e quatro ex-secretários de volta à cadeia. Apenas Raul Zaidan permanece em casa.
José Melo, Wilson Alecrim, Evandro Melo e Afonso Lobo estão na sede da PF desde domingo. Pedro Elias, que não foi encontrado no endereço que os agentes tinham dele, se apresentou na segunda-feira, 1° de janeiro.
Os quatro ex-secretários vão voltar para o Centro de Detenção Provisória Masculino, em Manaus, onde ficaram presos até a decisão de Ricardo Sales.