Por Henderson Martins, da Redação
MANAUS – Preso desde dezembro do ano passado, o ex-governador do Amazonas, José Melo (Pros), perdeu o prazo para apresentar contrarrazões no processo que levou a cassação de seu mandato, em maio de 2017. O prazo para apresentar os documentos acabou na segunda-feira, 26. Sem apresentar argumentos contraditórios, Melo perde a chance de reverter perda do cargo.
O processo, que está na coordenadoria de processamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para providências e atualização, tem como relator o ministro Luís Roberto Barroso. A ação foi ingressada pela coligação ‘Renovação e Experiência’, do senador Eduardo Braga (PMDB), que disputou a eleição suplementar em agosto do ano passado.
No dia 4 de outubro de 2017, o governador eleito Amazonino Mendes (PDT) entrou como assistente do processo, como segundo interessado. A ação também envolve como assistente recorrente o Pros (Partido Republicano da Ordem Social), o ex-vice-governador Henrique Oliveira (Pros), o Solidariedade (SD), a ex-superintendente da Suframa, Rebeca Garcia, e a empresaria Nair Queiroz Blair.
A empresaria foi denunciada por peculato, falsidade ideológica e suspeita de envolvimento em esquema de compra de votos para José Melo na Eleição de 2014. Ela é apontada como responsável por uma empresa fantasma que recebeu verba pública de forma ilícita.
Às vésperas do segundo turno das eleições gerais de 2014, policiais federais apreenderam uma quantia de R$ 11,7 mil e documentos que incluíam notas fiscais, uma lista de eleitores e recibos com assinaturas da empresaria e do irmão do governador, Evandro Melo.
Maus Caminhos
O ex-secretário de administração, Evandro Melo, é apontado como membro de uma organização criminosa que desviou mais de R$ 150 milhões da saúde pública. Conforme investigações da PF (Polícia Federal), o irmão do ex-governador recebia propina mensal no valor de R$ 300 mil.