Da Redação
MANAUS – O senador Omar Aziz (PSD-AM) afirmou que encara com naturalidade a investigação do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre possível recebimento de propina na construção da Ponte Rio Negro, em Manaus. O processo envolve também o senador Eduardo Braga (PMDB-AM). “Eu não vou envergonhar ninguém, assim como não envergonhei no governo, que foi transparente, um governo democrático, que todo mundo tinha acesso as informações e um governo que eu realizei muito”, afirmou Aziz, na manhã desta segunda-feira, em solenidade com o ministro da Educação, Rossieli da Silva Soares, que anunciou novos investimentos no Ifam (Instituto Federal de Educação do Amazonas).
Aziz disse que quanto mais rápido se resolver a questão, melhor. “Depois de dois anos de investigação, não acharam nada. Eu espero que essa investigação se conclua. Se tivesse alguma coisa, a gente já teria conhecido. São coisas que quando você faz uma investigação e está sendo investigado pelo Ministério Público Federal, pela Polícia Federal e até hoje não acharam nada, eu espero que o depoimento dessas pessoas que o ministro está pedindo agora e deu um prazo de 15 dias se esclareça, porque quem fica com a guilhotina na cabeça somos nós. E a gente não pode falar absolutamente nada enquanto não forem esclarecidas essas coisas”, afirmou.
Omar se referiu ao depoimento de Henrique Domingos Barroso, Marco Aurélio Bitar e Marco Antônio Costa, ex-funcionários da Camargo Corrêa, autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, no processo que envolve a construção da ponte. “Eu estou tranquilo”, disse.
Homem de fé
O senador disse achar graça dos comentários sobre o processo nas redes sociais. “Talvez isso deixe algumas pessoas, talvez por não gostarem de mim ou por terem uma facilidade muito grande de ser expressar através da internet, mais à vontade para se expressar, o que é normal. Eu acho até graça de comentários de pessoas dizendo que tem que morrer, tem que esfolar e depois falam em Jesus. Eu digo que quando as pessoas eram mais tementes a Deus, isso não existia”, comentou.
“Eu continuo temente a Deus, confio em Deus e na minha história política e espero que a gente esclareça esse caso. Não pela política, mas pelos meus filhos e pela minha família. Quanto mais rápido a investigação se conclua, melhor. É uma investigação de anos e quando não acha nada, quando aparece nada, quem fica com a guilhotina na cabeça somos nós”, afirmou.
Candidatura
Sobre a disputa pelo Governo do Amazonas, Omar Aziz disse que está discutindo aos poucos com os aliados. “Não depende só de mim. Vamos conversar. Não existe candidatura de eu sozinho”, afirmou. “Meu interesse é de mostrar ao Amazonas que o que muitos falam de mim não é verdade. Tudo tem seu momento. O tempo não é meu, o tempo é de Deus e Ele vai saber me orientar, me guiar”, disse.
Sem agressão
Aziz também disse que mantém uma relação democrática, sem agressão, com o governador Amazonino Mendes (PDT), ex-aliado. “Vocês nunca me viram agredir ninguém, eu sou uma pessoa que tem o coração bom. Eu coloco sempre nas mãos de Deus os ataques que fazem contra mim. Minha relação com ele (Amazonino) é institucional. Eu não tenho responsabilidade pelos acertos e nem pelos erros do Amazonino”, disse.
(Colaborou Patrick Motta)