Da Redação
MANAUS – Um grupo de aproximadamente 30 alunos do Centro Educacional La Salle, na zona centro-oeste de Manaus, passou mal durante as aulas. Alguns vomitaram muito e outros apresentaram sintomas de diarreia. Em princípio, a causa do mal-estar foi atribuída à água possivelmente contaminada por bactéria de um bebedouro da escola.
“Minha neta estuda no Latu Sensu e faz dança no La Salle. Ontem, ela teve aula lá e, por volta das quatro horas da madrugada, ela começou a vomitar. Ela tentou ir ao colégio porque tinha prova, mas não conseguiu fazer o exame e voltou para casa. A informação que tive logo cedo foi que cerca de 30 alunos estavam com os mesmo sintomas”, disse a jornalista Celes Borges.
A filha do jornalista Arnoldo Santos, Julia Santos, de 16 anos, que estuda no 9° ano do colégio, também chegou em casa vomitando. “Chegou a vomitar por duas vezes. Hoje (sexta), pela manhã, ela não foi à escola. Estava enjoada, mas sem outros sintomas. Ela ficou sabendo que, pelo menos duas outras colegas da mesma série tiveram os mesmos sintomas. Ela relatou que tomou água, no bebedouro da escola, como faz sempre, pois estava treinando e não comeu nada de diferente”, disse o jornalista.
Uma equipe da Semsa (Secretaria Municipal de Saúde) esteve na escola para verificar a situação da água e as condições do bebedouro. A direção do estabelecimento privado enviou comunicado aos pais dos alunos informando sobre a situação.
Médicos do Hospital e Pronto-Socorro Dr. João Lúcio Pereira Machado, na zona leste de Manaus, informaram aos pais de alunos que levaram os filhos para receber atendimento que outros casos de crianças com os mesmos sintomas, mas que não estudavam na escola, foram registrados no hospital.
Amostras
Em nota, a Semsa (Secretaria Municipal de Saúde) informou que, a partir da notificação de um possível surto de doenças transmitidas por alimentos e/ou água no Colégio La Salle, adotou medidas de vigilância e controle para interromper o possível ciclo intoxicação no local. Foram identificados 30 casos de crianças entre 5 e 13 anos de idade com sintomas de náuseas, vômito, dor abdominal e diarreia. Atendidas em hospitais, a maioria foi liberada sem apresentar agravamento do quadro clínico. As demais permanecem em observação.
“Todas as unidades hospitalares da cidade – particulares e públicas – estão em alerta para casos semelhantes e sendo monitoradas para notificação à Vigilância Epidemiológica do município no surgimento de novos casos, mas até o momento não há registros novos”, informou a Semsa.
A Visa Manaus (Vigilância Sanitária de Manaus) recolheu material para análises físico-química e bacteriológica. Foram coletadas amostras de água para consumo humano em sete pontos diferentes do colégio e, ainda, quatro tipos de alimentos também foram coletados para análise. Além disso, a equipe de fiscais analisou as condições de armazenamento e demais características físicas no local que pudessem contribuir para a possível intoxicação.
“A Semsa mantém o processo de investigação até a conclusão dos laudos técnicos, que devem ser divulgados em até 20 dias. Não houve interdição do local e as medidas cabíveis serão tomadas a partir do resultado dos laudos técnicos”, comunicou, na nota.