MANAUS – A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) passou por uma nova sequência de ocupações iniciadas na manhã desta quinta, 24, em seu campus do bairro Coroado, zona leste de Manaus. Dessa vez, o prédio da Casa do Estudantes – que está com as obras paradas – e a estrutura onde deveria funcionar a fábrica de medicamentos da universidade receberam manifestações de um grupo de aproximadamente 25 universitários.
A ação veio após ato do Movimento Unificado de Greve, iniciado na entrada do campus, e que prosseguiu para a Casa do Estudante. Segundo texto da Associação dos Docentes da Ufam (Adua), em seu site, informa que o local apresenta sinais flagrantes de abandono, como a ausência de material de suporte que teria sido roubado das estruturas. Além disso, o prédio teria se transformado em ponto de consumo de drogas – fósforos e latas usadas para consumo de crack estão espalhadas em alguns aposentos. Atualmente, os estudantes que seriam beneficiados com a inciativa recebem cerca de R$ 1.800 para custear despesas com moradia.
Na manifestação, cartazes com palavras de ordem diziam “Reitora, a casa caiu!”, “Interior pede socorro”, “Contra os ataques à educação estamos em luta” e “Que a reitoria responda pelo caos na Ufam”. Os manifestantes cobram agilidade na obra da Casa do Estudante e culpam o orçamento reduzido da Universidade pelo atraso. Os estudantes destacaram ainda que o problema não ocorre apenas em Manaus, e que há pelo menos três anos os campi de Parintins e Humaitá também têm a construção de suas Casas do Estudante parados.
Além do prédio da Casa do Estudante, o grupo ocupou o prédio onde deveria funcionar a fábrica de medicamentos da universidade. Até 2010, a obra já havia consumido R$ 3,5 milhões e precisava de mais R$ 2 milhões para entrar em operação. A fábrica de medicamentos tinha capacidade de produção prevista de 200 milhões de comprimidos, cápsulas e drágeas. O prédio, construído em 2003 e já reformado, nunca chegou a funcionar, e diversas máquinas e equipamentos que estão no interior dele – muitos ainda embalados – apresentam avançado processo de deterioração.
(Com informações da Adua)