Por Ricardo Oliveira*, especial para o ATUAL
No imaginário coletivo, a Amazônia figura como um lugar exuberante e um dos mais fascinante do planeta. Essa imagem é largamente difundida todos os dias em livros, jornais, discursos e propagandas no Brasil e no mundo afora.
Entretanto, pouco se tem visto, escutado ou lido acerca da Amazônia, vindo de quem está acima da linha do Equador ou abaixo da margem esquerda do Rio Negro, agrega à natural exuberância da região a figura do homem amazônida, tão essencial para a existência desse riquíssimo bioma.
Uma característica singular da região é a relação que o amazônida tem com o rio, seja na pesca do pequeno peixe ornamental (o comércio de peixes ornamentais já foi a oitava economia do Estado do Amazonas} ou do grande e valente pirarucu.
É também nos rios que os caboclos, submersos, lavam e secam as fibras de juta e piaçava garantindo o sustento secular de suas famílias.
Viver a Amazônia é reconhecer nos seus habitantes lugares privilegiados de saberes, saberes que podem dialogar com a ciência “formal” de um modo a contribuir para um mundo melhor.
*Ricardo Oliveira é fotógrafo e jornalista. Em 2002, concluiu pós-graduação em “Fotografia como Instrumento de Pesquisa nas Ciências Sociais”, na Universidade Cândido Mendes.
"Sou fotógrafo por uma causa"
No ano de 2016, ganhou o Prêmio Nacional MPT (Ministério Público do Trabalho), a 7ª edição do Prêmio Anamatra de Direitos Humanos e o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos com reportagem sobre o “Piabeiros e Piaçabeiros às margens do Rio Negro e das Leis Trabalhistas e dos Direitos Humanos".
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