Da Redação
MANAUS – Em áudio de uma ligação telefônica divulgado em grupos de WhatsApp, o empresário Júlio Lima, dono da Acempu (Associação Comercial e Empresarial da Cidade Metropolitana de Manacapuru), cobra do prefeito de Manacapuru, Betanael da Silva Dangelo (Pros), conhecido como Beto Dangelo, o pagamento de parcelas da coleta do lixo na cidade (a 68 quilômetros de Manaus). O valor devido há quatro meses chega a R$ 2 milhões.
Júlio Lima ameaça paralisar os serviços de coleta de lixo no dia 30 deste mês. Com o atraso, segundo o empresário, o pagamento de trabalhadores da empresa também está atrasado.
Ouça o áudio:
Júlio Lima lembra fez parte de grupo de empresários que foi ao governador – à época José Melo – pedir apoio à apoiar a candidatura de Dangelo nas eleições municipais de 2016. “Na época, eu pedi para que você não trancasse as portas do gabinete para nós. Eu acho que nem você acreditava na sua vitória, e hoje você está fugindo da Acempu, está fugindo de mim. Foi marcada uma reunião para falar com os caçambeiros e não compareceu. É evidente que não quer falar conosco, já está devendo quase quatro mês e eu fiz o que pude para não ter escândalos no período de campanha do Amazonino, para não ficar feio para você, e agora você vira as costas para quem te ajudou”, diz o empresário na gravação.
Júlio Lima diz que o prefeito de Manacapuru levou duas pessoas de Manaus que estão acabando com a gestão administrativa do município, um deles é o secretário de Finanças, Carlos André Gonçalves de Souza. “O vice-prefeito foi testemunha. Ele [o secretário] disse que não poderia pagar a Acempu com o dinheiros dos royalties, mas ele é um mentiroso, safado, embusteiro, enganador, uma vez que pode ser pago, sim. A única coisa que não pode pagar são as dívidas com servidores, o resto você pode. Saneamento, meio ambiente, pavimentação, educação e saúde”, diz o empresário.
Júlio Lima diz que vai encaminhar um ofício à prefeitura informando que irá paralisar os serviços. E a dívida deverá ser paga de forma integral. Caso não seja quitada, Júlio afirma que não mandará uma carta de rescisão obrigando a prefeitura a manter o contrato. “Se eu não mandar rescindir o contrato, você não poderá contratar outra empresa de limpeza de lixo, uma vez que o Ministério Público e o Tribunal de Contas vão cobrar você sobre o novo contrato”, diz.
No final do áudio, o empresário pede que o prefeito retorne a ligação e resolva as pendências nos pagamentos.
Sem contato
Procurados pelo ATUAL, nem a assessoria e nem o prefeito Beto Dangelo atenderam às ligações.