Da Redação
MANAUS – Um empresário, um comerciante e duas mulheres foram indiciados pela Polícia Civil por estupro de vulnerável e favorecimento à exploração sexual infantil. A delegada Joyce Coelho, da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), pediu a conversão da prisão temporária para preventiva do empresário Fabian Neves dos Santos, 37, do comerciante Raimundo Alves do Vale Filho, 52, de Ana Cássia da Silva Bentes, 23, e de Aline Cristina de Souza Andrade, 28, tia de uma das vítimas. Conforme a delegada, ela agenciava as meninas, entre 13 e 14 anos. Seis garotas foram vítimas do esquema.
“Nós concluímos pelo indiciamento dos quatro, com um pedido de conversão dessa prisão temporária em prisão preventiva, esperando que seja convertida para que eles aguardem, encarcerados, o julgamento da ação penal, assim que o Ministério Público entender e julgar que há elementos suficientes para oferecer a denúncia”, disse Joyce Coelho.
Inicialmente, Fabian Santos e Aline Cristina haviam sido presos em flagrante em um motel com uma adolescente de 13 anos, sobrinha de Cristina. Segundo a delegada, a menina já havia procurado ajuda na escola onde estuda e também do Conselho Tutelar.
“Após o flagrante, as investigações continuaram e o inquérito então tramitou constando várias medidas cautelares e as prisões temporárias com o objetivo de extrair elementos e provas que unificassem para uma ação penal. Encaminhamos à Justiça o inquérito policial com quatro indiciados pelos crimes de estupro de vulnerável e favorecimento à prostituição, identificando e confirmando seis vítimas desse mesmo círculo de autores. Temos ainda outra vítima, em um procedimento que vai ocorrer separado, por não fazer parte do mesmo ciclo”, disse Joyce.
Fabian e Cristina foram presos no dia 7 de agosto deste ano. Eles passaram a usar tornozeleira eletrônica, definida em audiência de custódia. No dia 18 de setembro foi efetuada a Operação 666, que resultou no cumprimento de mandados de prisão temporária, com prazo de 30 dias, por estupro de vulnerável e favorecimento da prostituição, em nome do comerciante Raimundo Alves do Vale Filho, 52, e de Ana Cássia da Silva Bentes, 23. Eles foram citados nos depoimentos do empresário e da tia da menina.
Joyce Coelho disse que Ana Cássia seria uma segunda agenciadora e Raimundo um dos clientes dela e da tia da adolescente de 13 anos encontrada com Fabian. A polícia analisou os aparelhos celulares dos envolvidos, nos quais foram encontrados conversas sobre o esquema de prostituição e imagens das meninas. A delegada disse que Ana seria amiga e sócia de Aline.