Da Redação
MANAUS – A referência à PF (Polícia Federal) para dar credibilidade a anúncio, as caraterísticas dos dançarinos – não precisava saber dança, bastava ser bonito e ter mais de 18 anos – e a denúncia da mãe de uma das candidatas resultaram na operação ‘Salve Jorge’, na manhã desta sexta-feira, em Manaus. “Uma das exigências para integrar o grupo da viagem não era saber dançar, mas, sim, ser bonita, ser maior de 18 anos e ter altura mínima. Para o homem era de 1,70 e para mulher 1,65”, disse a delegada Jeane Silvestreli Tufureti, da Delegacia de Defesa Institucional da PF. “A mãe desconfiou quando a filha disse que iria para a Coreia do Sul, quando o anúncio informa que o destino é a China”, completou Jeane.
O anúncio foi publicado na rede social Facebook. Entre os cinco mandados de condução coercitiva, expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Amazonas, o dono da Brazil Amazon Shows & Productions, Udson Elias Barros, foi levado para prestar depoimento. “O Udson confirmou que existia a empresa de apresentações de estrangeiros em outros países. Eles ofereciam passagens aéreas, todos os custos do visto, moradia, alimentação e mil dólares por mês”, revelou a delegada. “Eles estavam apenas negociando a saída dessas pessoas, muitos dos envolvidos já tinham visitado esses países como Coreia do Sul e China, declarou. Girlan Araújo e a mulher dele, Dayane Rodrigues, também prestaram depoimento. Todos foram liberados em seguida.
A delegada da PF disse que o caso envolve uma organização criminosa. “Temos depoimentos de pessoas que foram convocadas e foram questionadas se queriam se prostituir”, disse a delegada. “As pessoas levadas fariam apresentações quatro vezes por dia, no prazo de três meses. Eles iam levar 15 pessoas e as performances seriam em parques, hotéis e cassinos”, contou Jeane Silvestreli, ao revelar que o grupo é formado por coreanos.
Os policiais federais apreenderam passaportes, celulares, pen drives e CDs.