Da Redação
MANAUS – Em oito anos, 41 internações em hospitais do Amazonas foram por queimaduras causadas por fogos de artifício, conforme dados do CFM (Conselho Federal de Medicina). O manuseio inadequado de fogos de artifício levou à internação hospitalar de mais de cinco mil pessoas entre os anos de 2008 e 2017, em todo o País.
Da Região Norte, o Amazonas é segundo colocado com o maior número de casos, seguindo de Rondônia (34), Amapá (33), Roraima (17), Acre (14) e Tocantins (14). O campeão de acidentes com fogos de artifícios na região é o Pará com 226 internações.
Nos índices das cidades do Amazonas que registraram acidentes com fogos de artifícios, estão Manaus (9), Tabatinga (7), Tefé (5), Manacapuru (3), Manicoré (2), Parintins (2), Maués (2), Urucurituba (2), Beruri (1), Borba (1), Eirunepé (1), Itacoatiara (1), Nhamundá (1), Presidente Figueiredo (1), Santo Antônio do Içá (1).
O levantamento foi feito em parceria com as SBCM (Sociedades Brasileiras de Cirurgia da Mão) e a SBOT (Ortopedia e Traumatologia). Segundo o CFM, o alerta integra uma série de ações de alerta preparadas pelas três entidades sobre os riscos de acidentes e queimaduras durante as festas juninas e as festividades ligadas à Copa do Mundo.
Nos últimos 21 anos, o Brasil registrou 218 mortes por acidente com fogos de artifício. No período, foram 84 acidentes fatais na região Sudeste, seguido de 75 na região Nordeste e 33 na região Sul. Já nas regiões Centro-Oeste e Norte, foram registrados, juntos, 26 óbitos. Além de mortes – aproximadamente dez a cada ano –, o uso de fogos de artifício pode provocar queimaduras, lesões com lacerações e cortes, amputações de membros, lesões de córnea ou perda da visão e lesões auditivas.
Ranking
Segundo dados do Sistema de Informação Hospitalar (SIM), nos últimos dez anos 5.063 pessoas foram internadas para tratamento por acidentes com fogos de artifício. Na série analisada, o ano de 2014 foi o que registrou o maior número de acidentes. Naquele ano, o Brasil foi palco da Copa do Mundo, o que pode ter motivado o aumento no número de casos.
Perfil do acidentado
Os homens representam a absoluta maioria dos registros no período analisado: 4.245 internações, número que representa 83% do total de casos. As mulheres representaram apenas 17% das ocorrências, com 853 internações.