Da Redação
MANAUS – Desativada em outubro do ano passado e reativada no dia 8 deste mês, a Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa (CPDRVP), no Centro de Manaus, abriga 223 presos transferidos do Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim) e da Unidade Prisional do Puraquequara. Em 26 dias na cadeia e sem visitas, os detentos conseguiram celulares, carregadores, facas e estoques.
O material estava em um buraco de uma das celas e foi encontrado por policiais militares durante inspeção na manhã desta terça-feira, 24. Os policiais encontraram 11 celulares, três chips, seis carregadores, 22 estoques, uma faca de mesa, duas baterias, um cartão de memória, um falso revólver feito de esponja, uma barra de ferro, uma porção de tabaco, um tubo de ferro e 10 metros de fios de cobre. Também foi apreendida uma ‘teresa’ – corda feita de tecido.
Esses aparelhos e armas improvisadas são evidências da falta de controle sobre a movimentação dos presos na cadeia, mesmo com a presença de soldados da Força Nacional de Segurança. Representa, também, que as mudanças no comando do sistema penitenciário no Estado ainda não resultou em ações práticas que impeçam os detentos de terem acesso a aparelhos de celular e armas improvisadas. A atividade da Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) se resume as revistas.
Na fiscalização desta terça, 92 policiais foram utilizadas na ação entre soldados do Comando de Policiamento Especializado (CPE) e servidores da Seap. Também participaram representantes do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) e Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Amazonas (OAB-AM).